Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Tebet: Impeachment de Dilma não foi um erro, mas lei tem que mudar

Ministra do Planejamento, que apoiou o processo que levou à deposição de Dilma Rousseff, foi chamada de golpista por integrantes do governo que hoje compõe

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h10 - Publicado em 23 mar 2024, 20h01

Nos últimos meses, depois de passar o ano de 2023 sob críticas de eleitores por ter ingressado no governo Lula em uma estratégia desenhada pelo petista para tentar frear Jair Bolsonaro no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto, a ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) disse a VEJA que não precisa mais sair de casa disfarçada. O motivo: apesar da polarização, o eleitorado estaria mais civilizado. “Hoje já consigo andar sem boné e óculos escuros na rua no meu estado”, afirma.

Os ataques e acusações de que se rendeu à esquerda sucedem outra alcunha da ex-senadora, que por anos foi tratada como “golpista” por apoiadores do atual governo por ter votado a favor do processo de impeachment contra Dilma Rousseff em 2016. Apontada por seu partido, o MDB, como nome potencial para pleitear a vaga de vice de Lula na disputa presidencial de 2026, Tebet não imputa desonestidade pessoal a Dilma, mas defende que, para a lei existente, a ex-presidente praticou crime de responsabilidade ao maquiar as contas públicas e abrir créditos extraordinários sem aval do Congresso. A ministra afirma ser necessário um aprimoramento da legislação, que data de 1950 e apresenta, entre as hipóteses de crime de responsabilidade, “infringir patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária” e “abrir crédito sem fundamento em lei ou sem as formalidades legais”.

Simone Tebet é a entrevistada das Páginas Amarelas da edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais. Para ela, o impeachment não foi um erro. “Ali nós tínhamos todos os elementos constitucionais. E não foi um erro quem votou contra também”, afirma. “Não existe impeachment com economia decolando, mas este fator, sozinho, torna o impeachment inconstitucional. O que deu elementos de constitucionalidade para o impeachment foram os aspectos jurídicos de crime de responsabilidade, contabilidade criativa e pedalada fiscal, aliados ao fator político: uma economia em frangalhos. Essas duas coisas provocam o impeachment de qualquer pessoa, seja homem ou mulher, no Brasil”, diz.

“Acho que a presidente Dilma é uma pessoa honesta. A questão é que o processo de impeachment é baseado em uma lei que fala que é crime de responsabilidade, entre outras coisas, contabilidade criativa e pedalada fiscal. Precisamos atualizar esta lei”, completa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.