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TCU analisa mais de 4,5 mi de dados em urnas e não encontra fraude

Tribunal fará certificação em urnas no primeiro e no segundo turnos para tentar afastar de vez discursos de que sistema eleitoral não seria confiável

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2022, 15h57 - Publicado em 27 out 2022, 14h45
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  • Era março de 2021 quando o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso foi procurado por emissários do Tribunal de Contas da União (TCU) com uma proposta para que o sistema eleitoral brasileiro fosse monitorado com lupa por acadêmicos e auditores a fim de atestar que as urnas eletrônicas são confiáveis e que o eleitor que participa do pleito neste domingo pode ter certeza da higidez do processo de armazenamento e apuração de cada voto. A três dias da data em que será anunciado o vencedor na corrida presidencial, técnicos do TCU já analisaram mais de 4,5 milhões de informações depositadas nas urnas no primeiro turno e não encontraram nenhuma divergência com os resultados eleitorais divulgados pelo TSE. O presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, entregará as conclusões da Corte de Contas ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, na noite desta quinta-feira, 27.

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    No cruzamento dos dados registrados nos boletins de urna, uma espécie de atestado de cada escolha dos eleitores em uma determinada seção eleitoral, o TCU analisou informações discriminadas por município, zona, seção, cargo, partido e candidato e contabiliza a quantidade de eleitores aptos, de votos nominais, de votos de legenda, de votos brancos ou nulos, de votos por cargo, além da quantidade de apoios que cada candidato ou legenda recebeu.

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    Na sequência, as informações foram checadas uma a uma com o TSE. As conclusões, a que VEJA teve acesso, mostram que não houve nenhum tipo de inconsistência entre o que apurou o TCU e o que a Justiça Eleitoral divulgou como resultados do primeiro turno, afastando qualquer indício, por menor que seja, de fraude. Até o momento os auditores do TCU já analisaram 3.100 boletins de urna, o que representa 74,5% da amostra de dados recolhidos no primeiro turno. O tribunal também fará a certificação dos resultados do segundo turno das eleições.

    A atuação da Corte de Contas ocorre em paralelo ao projeto de setores das Forças Armadas de fazer uma espécie de autoria própria do sistema eleitoral brasileiro. A caserna entrou em choque com o então presidente do TSE, ministro Edson Fachin, ao pressioná-lo para que sugestões dos fardados para um suposto aprimoramento da segurança das urnas fosse levado adiante já nessas eleições. Durante reunião ministerial em julho, militares chegaram a falar em “exigir” que o TSE respondesse às suas ponderações, abrindo caminho para, se não fossem atendidos, colocarem em dúvida a segurança das eleições.

    Diante da absoluta falta de indícios de fraude nas urnas, a pressão dos militares contra o sistema de votação arrefeceu e eles optaram por uma “certificação” bem menos ambiciosa. Atualmente, trabalham com a verificação de uma amostra pequena de votantes, presentes em apenas 153 municípios onde já existe ao menos uma organização militar, e não pretendem projetar os resultados amostrais para comparar com o resultado oficial da eleição. Pressionada pelo ministro Alexandre de Moraes, a caserna disse que só tornará públicas suas avaliações sobre as urnas mais adiante e deixou em aberto a possibilidade de, em janeiro de 2023, quando o presidente de turno já estiver empossado, analisar eventuais “indícios de anomalias e inconsistências” em “artefatos relacionados às urnas”.

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