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Sininho é indiciada por “incitação à violência”

Advogado da estudante afirma que defesa não teve acesso ao inquérito

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
13 jun 2014, 15h09
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  • Presença certa nos protestos de rua no Rio de Janeiro desde junho do ano passado, a estudante de cinema Elisa Quadros, conhecida como Sininho, foi indicada por “incitação a atos de violência”, por sua atuação em manifestações. O indiciamento foi confirmado ao site de VEJA pelo advogado Marino D’Icarahy, que representa Sininho e outros indiciados por suspeita de crime em protestos. Elisa esteve na manhã desta sexta-feira na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, mas recusou-se a prestar depoimento. O inquérito corre em segredo.

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    “A defesa não teve acesso ao inquérito. Por isso, minha cliente não prestou depoimento. Vou pedir vista do processo e remarcar o depoimento para que ela possa desmentir tudo isso”, disse D’Icarahy. De acordo com o advogado, o inquérito está na 27ª Vara Criminal.

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    Na última quarta-feira, Elisa teve computador e arquivos digitais apreendidos pela Polícia Civil. No mesmo dia, ao todo dezessete pessoas que participam de protestos foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, para recolhimento de provas de crimes cometidos em manifestações. Sininho, na ocasião, também foi levada para prestar depoimento na DRCI. Sininho não depôs e teve o interrogatório remarcado. No mesmo dia, ela tinha agendado depoimento em um processo contra dois policiais militares acusados de forjar a apreensão de um explosivo com um manifestante.

    “Na quarta-feira, obtive a informação de que ela (Sininho) seria ouvida como testemunha dos atos de violência, assim como os outros jovens que foram conduzidos à delegacia. Agora, somos surpreendidos por outra informação”, disse D’Icarahy.

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    Mascarados – Em outubro do ano passado, Elisa – vista diversas vezes à frente de manifestações com participação de black blocs – foi presa com outras 84 pessoas nas escadarias da Câmara Municipal do Rio e chegou a ser levada para uma das casas de custódia de Bangu. Na época, ela afirmou não trabalhar. Em janeiro, ela voltou a ser detida, sob acusação de ter chamado de “macaco” um PM, durante uma discussão na Lapa. Ela foi autuada, na 5ª DP (Gomes Freire), por desacato.

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    No mês seguinte, mais confusão. A ativista esteve na 17ª DP (São Cristóvão) para prestar solidariedade a Fábio Raposo, preso acusado de deflagrar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Band. Dias depois, ela foi convocada a prestar depoimento para esclarecer um telefonema no qual afirmava que o deputado Marcelo Freixo (PSOL) teria ligação com os acusados de matar o cinegrafista. Freixo negou ter ligação com os black blocs.

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    Copa do Mundo – O Rio de Janeiro foi o Estado com maior duração dos protestos de rua no ano passado. Mesmo depois de arrefecido em outras capitais, o movimento persistia na cidade, com acampamentos no Centro e no Leblon, na residência do então governador Sérgio Cabral (PMDB), e ocupações de prédios públicos. A morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, atingido na cabeça por um morteiro disparado por dois mascarados, tirou força dos protestos. A aproximação da Copa do Mundo, no entanto, reanimou os manifestantes.

    No dia de abertura da Copa, houve protestos na Cinelândia, na Lapa e em Copacabana, local onde foi montada uma arena da Fifa Fan Fest. Após o protesto da manhã, no Centro, houve confronto entre PMs e ativistas e três pessoas foram detidas. No protesto da tarde, pelo menos mais quatro pessoas foram detidas e três ficaram feridas.

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