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Se cair veto do absorvente, saúde e educação perdem recurso, diz Bolsonaro

Para o presidente, medida serviu como ‘troféu político’ para a oposição. Preço do item de higiene subiu mais do que a inflação em setembro, mostra IBGE

Por Rafael Moraes Moura, Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 out 2021, 18h52 - Publicado em 10 out 2021, 18h51

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 10, que vai cortar dinheiro das áreas da saúde e da educação se o Congresso Nacional derrubar o veto à distribuição gratuita de absorventes a mulheres e estudantes de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade. Ao conversar com populares em Guarujá (SP), onde passa o feriado esticado de 12 de Outubro, o chefe do Executivo disse que a medida serviu como “troféu político” da oposição e afirmou que ficou parecendo um “malvadão” ao barrar a distribuição do item de higiene pessoal.

“A deputada, autora do projeto, ela sabe – a inteligência você pode usar para o bem e para o mal — que, quando você tem um projeto com despesas, tem de apresentar a fonte de custeio. Se eu sancionar, estou incurso em crime de responsabilidade, a processo de impeachment. Agora, nessa linha de que tudo é fácil, ela podia apresentar um projeto passando o salário mínimo para R$ 5 mil, apresenta”, provocou Bolsonaro, em referência à autora da proposta vetada, a deputada federal Marília Arraes (PT-PE).

De acordo com Bolsonaro, as estimativas dos custos com a adoção da medida — R$ 100 milhões – não são realistas. “É muito mais. Não é a cegonha que vai levar (os itens de higiene), alguém tem de levar, tem de ter logística. Se o Congresso derrubar o veto do absorvente, vou tirar dinheiro da saúde e da educação. Vai ter de tirar de um lugar”, insistiu. Dados do IBGE divulgados nesta semana mostram que os preços dos absorventes nos mercados brasileiros tiveram alta de 1,42% em setembro. O aumento foi maior do que a inflação do período, que ficou em 1,16%. Considerando os últimos doze meses, os preços do produto subiram, em média, 6,20% — abaixo da inflação do período, que ficou em 10,25%.

Na avaliação do presidente da República, a proposta acabou servindo de troféu para a oposição. “Muita gente vai ganhar voto em cima disso. Podia a Tabata (Tabata Amaral, deputada federal), já que ela é mulher, pega a verba de gabinete dela e compra. Arranja uma maneira de atender a população mais necessitada”, alfinetou.

A justificativa do governo foi a de que a proposta tinha problemas “técnicos e jurídicos” que poderiam resultar em crime de responsabilidade fiscal e que o projeto não indicava fonte apropriada para a criação da nova despesa. Na última sexta-feira, 8, a Secretaria de Comunicação do Planalto declarou que o governo vai “trabalhar para viabilizar” a entrega de absorventes ao público pretendido.

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