Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Rui Costa nega readmissão de espião que revelou operação clandestina

Agente entregou às autoridades a lista de espiões da Abin que atuavam ilegalmente em investigação contra banqueiro inimigo dos petistas

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 abr 2024, 13h24

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, negou pedido de readmissão ao serviço público do ex-coordenador de contrainteligência da Abin, José Ribamar Reis Guimarães. Egresso do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), o agente foi demitido em 2016, durante o governo de Dilma Rousseff.

Em 2008,  quando ocupava o cargo de coordenador, José Ribamar entregou à Polícia Federal uma lista com o nome de 61 agentes da Abin que participaram de uma operação clandestina da agência que investigou um banqueiro considerado à época como inimigo pelo PT. Lula estava em seu segundo mandato. O caso provocou um terremoto no governo e culminou com a demissão do diretor da Abin.

Anos depois, já no governo Dilma, a Controladoria Geral da União (CGU) recebeu uma denúncia anônima, informando que José Ribamar autorizou a locação de carros para missões oficiais de uma empresa que pertencia à sua família. O agente demonstrou no processo que tinha a autorização dos superiores para realizar os contratos, cujo objetivo era exatamente não deixar rastro de que os veículos eram usados pelos espiões — uma despiste.

A CGU encaminhou a denúncia à Secretaria-Geral da Presidência da República. O relatório final da auditoria concluiu que não havia evidências que permitissem confirmar a ocorrência de improbidade administrativa. Mesmo assim, foi instaurado um processo disciplinar contra o agente, que acabou demitido em 2016 pelo então secretário-geral da Presidência, o petista Ricardo Berzoini.

Continua após a publicidade

Desde então, o agente brigava na Justiça para tentar reverter a decisão. Na ação que tramitou na Justiça Federal, José diz que, nos 34 anos de serviços prestados à Abin, exerceu sua função com dedicação, correndo risco de vida, ficando às vezes por meses longe da esposa e dos filhos.

Ele também enumerou algumas das operações secretas das quais participou. Em uma delas, conta, se infiltrou entre traficantes no Polígono da Maconha, região que englobava uma parte de Pernambuco, Ceará e Bahia. Se apresentava como vendedor de sabonetes e com nome falso para  investigar o crime organizado. Procurado por VEJA, disse, por intermédio de um amigo, que quer apenas “sobreviver”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.