Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Rui Costa, de novo, é apontado como o pivô de crise em Brasília

Políticos afirmam que o ministro da Casa Civil é peça-central no impasse envolvendo as emendas parlamentares

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 ago 2024, 09h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O imbróglio envolvendo as emendas parlamentares trouxe um novo capítulo para a já extensa lista de reclamações sobre a atuação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Nos gabinetes do Congresso, o homem-forte do presidente Lula é apontado como a semente da confusão que culminou na suspensão dos recursos indicados por deputados e senadores para suas bases eleitorais.

    Por uma decisão do ministro Flávio Dino, chancelada pelos demais ministros do Supremo Tribunal Federal, as emendas parlamentares estão suspensas até que se definam regras de transparência e critérios para o gasto, destinado para categorias e redutos políticos dos congressistas.

    Leia também: Enfileirando desafetos, Rui Costa amplia raio de influência no governo

    A digital de Rui Costa é apontada em diversas etapas desse processo. A começar na influência direta sobre Lula, que passou a engrossar o coro contra as verbas ao dizer que elas representam um “sequestro” do Orçamento e que as emendas impositivas são uma “loucura”, já que beneficiam igualmente os deputados que são da base e da oposição ao governo.

    Além disso, fala-se que Rui atuou para impedir que o comando do PT apoiasse a ação pela derrubada da liminar de Dino, assinada pelos principais partidos políticos. Após receberem a medida como uma ofensa, parlamentares em peso articularam rever a canetada. Em conversas, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente da sigla, teria se comprometido a avalizar o pedido. No entanto, ela teria recuado após uma suposta intervenção do ministro.

    Continua após a publicidade

    Também causou incômodo uma “dobradinha” entre Rui Costa e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, no questionamento da distribuição das emendas. Em reunião na última quarta-feira, o chefe da Casa Civil chamou o formato atual de “aerossol”, em referência à falta de critério na destinação do dinheiro, o que foi recebido como um deboche a uma prerrogativa parlamentar. Neste ano, deputados e senadores têm direito a indicar 50 bilhões de reais do Orçamento por meio dessas emendas.

    Dos redutos políticos ao PAC

    Políticos que acompanharam as tratativas veem uma ofensiva de Rui Costa sobre as emendas de olho em turbinar os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a vitrine deste terceiro mandato de Lula, capitaneada pela Casa Civil.

    Segundo eles, o objetivo do ministro seria se apropriar de parte desse recurso e direcioná-lo ao programa. O pano de fundo desse esforço, dizem, é a corrida por protagonismo travada entre Rui Costa e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois petistas são os principais cotados a suceder Lula quando ele deixar a Presidência da República.

    “O Planalto promoveu um motim para tentar ficar com as emendas, viu que era uma ‘Operação Tabajara’ baiana e acabou recuando”, sintetiza um parlamentar que acompanhou as negociações.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.