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Relatório da CPI é revanche pelo mensalão, afirma Perillo

Governador de Goiás estuda entrar na Justiça contra pedido de indiciamento

Por Da Redação
22 nov 2012, 09h51

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), acusou nesta quarta-feira o relator da CPI do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), de querer prejudicá-lo por ter feito “uma denúncia relativa ao mensalão” em 2005. O tucano deve decidir nesta quinta-feira se vai procurar a Justiça para evitar o indiciamento pretendido pelo petista em seu relatório, segundo informação de sua assessoria de imprensa. A leitura do relatório ocorre nesta quinta-feira.

Imprensa: Nota de esclarecimento da revista VEJA

“O relator, que é ligado a um partido político, tem um único objetivo: prejudicar-me politicamente, porque lá atrás eu fiz uma denúncia relativa ao mensalão”, disse Perillo, ao visitar nesta quarta um hospital de Goiânia. Em 2005, quando o escândalo da compra de apoio político ao governo Luiz Inácio Lula da Silva veio a público, o tucano exercia o mandato de senador e disse ter alertado o então presidente sobre o esquema.

“Os envolvidos no mensalão estão sendo condenados. Eu tinha razão quanto a isso”, disse Perillo. “O que não pode é essa tentativa de vingança permanente. O que algumas pessoas querem, nesse momento, é tentar politizar e prejudicar alguns por serem adversários.”

No relatório, Cunha atribui cinco crimes a Perillo, incluindo formação de quadrilha, corrupção passiva e tráfico de influência. O governador é suspeito de ligação com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A Polícia Federal chegou a interceptar uma ligação de Perillo ao contraventor, para desejar feliz aniversário – o tucano nega ter ajudado o esquema de Cachoeira em seu governo.

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Leia no blog de Reinaldo Azevedo:

Há quem não tenha se dado conta da gravidade dos atos praticados pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira. Seu relatório tem mais importância do que parece. Ele revela a vocação do PT para construir, se não for devidamente enfrentado, um estado policial no país. Não estou exagerando, não! Ao contrário! Estou dando à coisa o nome que ela tem. Se as palavras, os conceitos e a instituições fazem sentido, então é isto mesmo: os petistas, se julgarem necessário, transformam instâncias do estado em instrumento de perseguição dos adversários.

Não é de hoje que os petistas desmoralizaram as CPIs. A dos Correios – ou do Mensalão – já exibia figuras grotescas, que lá estavam para sabotar as investigações, não para apurar o eventual cometimento de crimes contra a ordem do estado. Quem não se lembra da voz maviosa e bela da agora ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) tentando impedir, a todo custo, que se chegasse à verdade dos fatos? Coube a dois parlamentares da base governista – o senador e presidente daquela comissão, Delcídio Amaral (PT-MS), e o deputado e relator, Osmar Serraglio (PMDB-PR) – zelar pela dignidade possível da comissão. Se, por causa das chicanas, não avançaram tanto quanto deveriam, fizeram, é fato, um trabalho digno.

(Com Estadão Conteúdo)

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