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Quem é quem na comitiva de Lula que representa o Brasil na COP27

Já cumprindo agenda de autoridade internacional, presidente eleito desembarca nesta semana no Egito para participar da conferência do clima

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2022, 17h52 - Publicado em 14 nov 2022, 11h49
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  • Já cumprindo agenda de autoridade internacional, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta semana em Sharm el-Sheikh, no Egito, para participar da COP27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A cúpula é o primeiro evento internacional do qual Lula participa desde que venceu a eleição para presidente da República, em 30 de outubro.

    O petista chega acompanhado da comitiva de governadores da região Norte, além de contar com a atuação de um verdadeiro batalhão de aliados, que desde a última semana têm realizado encontros com diversas autoridades representando o Brasil na conferência voltada ao enfrentamento da crise climática. Entre os nomes, estão as ex-ministras do Meio Ambiente Marina Silva e Izabella Teixeira e o senador Jaques Wagner (PT-BA).

    O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), coordenador do núcleo ambiental da campanha de Lula, foi um dos representantes da comitiva. O parlamentar, que participou de reuniões para discutir as expectativas sobre o futuro governo no que diz respeito ao cumprimento de metas da agenda socioambiental, avaliou como positiva a ida de Lula à conferência. “Lula vai cumprir papel importante no chamamento de responsabilidade dos países no âmbito do clima, em contrapartida com uma agenda ambiental que estava abandonada. Todos têm clareza de que o programa do Lula vai enfrentar o desmatamento”, diz Tatto.

    Veja abaixo alguns dos nomes da comitiva petista:

    Lula: o presidente eleito participa, na quarta-feira 16, do evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, ao lado dos governadores Waldez Góes (PDT), do Amapá; Gladson Cameli (PP), do Acre; Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Wanderlei Barbosa (Republicanos), do Tocantins; e Marcos Rocha (União), de Rondônia. No mesmo dia, fará seu pronunciamento na área da ONU, a Blue Zone. Na quinta-feira 17, Lula se encontrará com representantes da sociedade civil brasileira, no Brazil Hub, e com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.

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    Marina Silva (Rede-SP): a ex-ministra do Meio Ambiente — e fortemente cotada para reassumir a pasta — participa de uma bateria de encontros, entre eles uma reunião com o ministro do Meio Ambiente do Reino Unido sobre o compromisso assumido por Lula de desenvolver o Brasil com democracia e sustentabilidade, transição energética, agricultura de baixo carbono, apoio às comunidades indígenas e tradicionais, desmatamento zero, bioeconomia e alternativas econômicas sustentáveis. Junto ao governo alemão, firmou compromisso de participação no Fundo Amazônia e de cooperação em outras frentes como ciência e tecnologia, inovação e mobilização de recursos para investimento em instituições de filantropia para atendimento imediato às populações vulneráveis. Ao assessor especial do presidente dos Estados Unidos Joe Biden para o clima, John Kerry, sugeriu a integração do país ao Fundo.

    Jaques Wagner (PT-BA): presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senado, o parlamentar teve encontros com lideranças para falar sobre como a pauta das mudanças climáticas tem sido debatida no Congresso, apresentou os principais resultados do Fórum da Geração Ecológica e os desafios levantados pela sociedade civil para o próximo governo. Também esteve com representantes da Alemanha e da China, da indústria química e do Greenpeace para debater ações de proteção da biodiversidade brasileira e financiamento climático.

    Jean Paul Prates (PT-RN): presidente da FPRNE (Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia), o senador terá sua participação focada na transição energética. Nesta segunda-feira, 14, participa de painel com parlamentares de todo o mundo cujo tema é a legislação em relação à sustentabilidade. Prates, que é cotado para assumir a presidência da Petrobras no futuro governo, vai apresentar o case do Rio Grande do Norte, que passou do posto de primeiro produtor de petróleo em terra do Brasil para a posição de maior gerador de energia renovável a partir da fonte eólica. Falará, ainda, sobre propostas como o projeto de lei de geração de energia no mar, o de regulação de captura e armazenamento de CO2 em reservatórios e a relatoria da lei dos aterros sanitários para produzir biogás.

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