O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira, 3, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidirá se vai demitir o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, e o secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Na segunda-feira 2, Bolsonaro afirmou que “um dos dois ou os dois perderão a cabeça”.
“Está sendo apurado e vai ser resolvido por esses dias. Não pode alguém falar aquilo sem que tenha uma consequência, só isso”, disse, nesta terça, na saída do Palácio da Alvorada.
Em entrevista exclusiva a VEJA, Luiz Augusto Ferreira, conhecido como Guto, disse que recebeu “pedidos não republicanos” de Carlos da Costa. “Não tenho a menor dúvida que o motivo da discussão da minha saída é o ódio do secretário Carlos da Costa porque não atendi aos pedidos não republicanos dele”, disse Guto. “Sigo a determinação do presidente Bolsonaro de não atender vagabundo na administração pública”, afirmou ele.
O secretário Carlos da Costa resolveu demitir Ferreira, seu subordinado, porque ele não estaria entregando os resultados planejados. Mas o presidente da ABDI não aceitou a decisão. Disse que só sairá do governo com uma ordem expressa do presidente Jair Bolsonaro.
A ABDI é um órgão subordinado ao Ministério da Economia. Embora seja uma atribuição do presidente da República escolher e nomear o comandante da agência, Guto foi indicado pelo pastor Marcos Pereira (PRB-SP), vice-presidente da Câmara dos Deputados.