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PT sonha com um vice moderado para a nova chapa “paz e amor” de Lula

Plano do partido é montar uma frente ampla em 2022 que ultrapasse as fronteiras da esquerda e seja considerada conciliadora de interesses

Por Daniel Pereira Atualizado em 13 jun 2021, 12h19 - Publicado em 13 jun 2021, 10h37
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  • Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (e) e Luiz Inácio Lula da Silva
    Lula e FHC - foto Ricardo Stuckert (divulgação/Divulgação)

    Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula ainda não tem um nome preferido para ser seu vice na chapa eleitoral. Inspirados na primeira campanha vitoriosa do PT ao Palácio do Planalto, em 2002, quando o posto foi ocupado pelo empresário José Alencar, algumas estrelas petistas defendem a escolha de outro empresário para a função. Dois nomes surgiram nas conversas: Josué Gomes, filho de José Alencar e dono da Coteminas, e Luiza Trajano, proprietária do Magazine Luiza. Ambos, no entanto, não parecem interessados na empreitada.

    Josué Gomes, que já foi candidato ao Senado por Minas, descarta nova incursão na política e disputará a presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Já Luiza — que foi durante o governo Lula integrante do Conselhão, colegiado que reunia representantes de diversos setores para debater temas diversos com o presidente — já externou aos petistas que não pretende participar do processo eleitoral. Ela pode até contribuir com sugestões para a elaboração de medidas destinadas a estimular a economia e a geração de emprego, mas de maneira informal.

    “Não vejo com muitas ilusões a possibilidade de reeditar 2002. A parceria do Lula com o Zé Alencar foi uma coisa única”, diz um deputado do PT próximo ao ex-presidente. A declaração embute um misto de constatação e de queixa com o fato de vários empresários terem se distanciado do PT após a derrocada econômica do governo Dilma e a prisão de Lula. A vaga de vice pode servir para reaproximar as partes, mas outras possibilidades serão avaliadas — entre elas, uma eventual composição com legendas que são do Centrão (e hoje apoiam Jair Bolsonaro no Congresso) e até mesmo com siglas que têm pré-candidatos a presidente.

    Para atrair aliados políticos, inclusive antigos adversários, Lula apostará no discurso de que a próxima eleição será entre quem defende a democracia e as instituições e quem tem um projeto autoritário. A foto do encontro dele com o o ex-presidente Fernando Henrique, do PSDB, foi providencial nesse sentido. A escolha do vice pode ajudar na costura daquilo que os petistas chamam de uma frente ampla, que ultrapasse as fronteiras da esquerda e seja vista como centrista e conciliadora de interesses. O vice, como em 2002, tem de ajudar a vender a imagem de um Lula “paz e amor”.

    O ex-presidente não tem pressa para escolher o seu parceiro de chapa. A ideia dele, por enquanto, é continuar “jogando parado”, deixando o campo livre para Bolsonaro tropeçar em suas próprias pernas. Segundo pesquisas divulgadas recentemente, o governo tem a reprovação de metade da população, e o ex-capitão perde para Lula e para outros postulantes à Presidência nas simulações do segundo turno. Ao contrário de seu principal rival, Bolsonaro tem pressa e cobra de seu time resultados capazes de melhorar o humor do eleitorado. Ele aposta na recuperação da economia, na prorrogação do auxílio emergencial e num novo Bolsa Família — turbinado tanto no número de beneficiários como no valor do benefício — para recuperar terreno e chegar forte à corrida presidencial de 2022.

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