PT pede investigação ao TSE e quer inelegibilidade de Bolsonaro
Em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), partido alega que suposto pagamento de empresas por conteúdo influenciou resultado do 1º turno
O PT entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, e empresas apontadas como responsáveis por bancar a disseminação de mensagens contra a campanha petista nas redes sociais e no WhatsApp. O partido do presidenciável Fernando Haddad (PT) pede à Corte eleitoral que declare a inelegibilidade de Bolsonaro para os próximos oito anos após a eleição atual.
Na ação, o PT cita que há indícios de que foram comprados pacotes de disparos em massa de mensagens contra o partido pelo aplicativo de mensagens instantâneas, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira 18. Segundo os petistas, a prática configuraria caixa dois, isto é, doações à campanha de Bolsonaro não declaradas à Justiça Eleitoral, além de violar a proibição a empresas de fazerem contribuições.
De acordo com o documento, o suposto pagamento de ações contra o PT por empresas teve influência no resultado do primeiro turno, beneficiando diretamente a candidatura do presidenciável do PSL. “Há flagrante prova da tendenciosa intenção de beneficiar o candidato Jair Bolsonaro. Pretende-se, assim, coibir abuso de poder econômico capaz de causar desequilíbrio das eleições, decorrente da prática supracitada”, diz o texto.
A sigla ainda pede ao TSE que seja decretada busca e apreensão de documentos na sede da Havan e na residência de Luciano Hang, dono da empresa, apontado pelo jornal como um dos responsáveis pelo pagamento do conteúdo. Além disso, a legenda de Haddad quer que o aplicativo WhatsApp seja determinado a apresentar em 24 horas um plano de contingência para suspender o disparo em massa de mensagens ofensivas ao presidenciável petista.
A Aije também solicita à Corte Eleitoral que peça a Luciano Hang documentação sobre eventual contribuição feita em apoio a Jair Bolsonaro. Em caso de negativa, a ação pede que seja expedido mandado de prisão contra o empresário. O partido pede também a oitiva e a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático dos citados na ação, que também engloba outras empresas apontadas como responsáveis pela onda de mensagens na rede social.