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PT: Ação contra Haddad ‘prova’ que MP está ‘comprometido’ com o PSDB

Partido anuncia que vai apresentar uma representação contra o procurador Wilson Tafner junto ao Conselho do Ministério Público

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 ago 2018, 14h32

O PT reagiu à acusação de improbidade administrativa apresentada contra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e acusou “setores” do Ministério Público de São Paulo de estarem “politicamente comprometidos” com o PSDB, que governou o estado de São Paulo entre 1995 e 2018. O partido também afirmou que vai apresentar uma representação contra o procurador Wilson Tafner no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão disciplinar e de regulação do MP.

“O último ataque do Ministério Público de São Paulo ao vice Fernando Haddad é mais uma prova de que setores da instituição são politicamente comprometidos com o PSDB, partido que sustenta o governo golpista de Temer e que vem de quatro derrotas seguidas nas urnas”, afirmou o partido. Registrado como candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Haddad é considerado como o “plano B” do partido no caso do ex-presidente ser barrado pela Justiça Eleitoral, uma vez que ele está inelegível pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.

“Não bastaram a prisão injusta do Lula, a exclusão de debates e do noticiário, o rol de julgamentos e medidas de exceção contra Lula para tentar tirá-lo das eleições. A ação do MPSP é complemento do golpe contra o povo brasileiro”, criticou o PT, na nota, que é assinada pela Executiva Nacional da legenda.

A iniciativa do PT de recorrer ao CNMP contra o que chamou de “ação partidária e política” do procurador Wilson Tafner é, essencialmente, simbólica. Formado por representantes da própria carreira, o Conselho não tem histórico de aprovar punições a procuradores e promotores de Justiça. Procurado por VEJA, Tafner disse que não vai comentar.

O processo

Na noite desta segunda-feira, o procurador apresentou à Justiça de São Paulo uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, sob a acusação de que ele obteve “enriquecimento ilícito” utilizando o cargo ao aceitar que a empreiteira UTC pagasse uma dívida da sua campanha em 2012. Trata-se dos mesmos fatos, um suposto crime de caixa 2, que é investigado em um outro processo, esse junto a Justiça Eleitoral.

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Na narrativa do procurador, Haddad deve ser responsabilizado também na esfera administrativa, uma vez que o recebimento ocorreu, segundo a acusação, em troca de que o prefeito mantivesse as “portas abertas” da prefeitura para a empresa, nas palavras do empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira e delator do caso.

Defesa

Para o advogado do ex-prefeito Fernando Haddad, Pierpaolo Bottini, a ação de improbidade é apenas uma mera repetição da ação penal, fundada exclusivamente no depoimento de um colaborador prejudicado pelo ex-prefeito, que rescindiu seus contratos com a administração pública. “As declarações de Ricardo Pessoa já foram rejeitadas em diversos casos no STF pelas falhas e contradições, e acreditamos que a Justiça paulista levará isso em consideração”.

Na Justiça Eleitoral, Haddad afirma que a UTC teve seus interesses contrariados durante sua gestão e cita como exemplo a suspensão da construção do túnel da avenida Roberto Marinho, cuja obra mostrava indícios claros de sobrepreço.

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