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PSOL vai convocar Moro à Câmara para explicar mensagens com Deltan

Para o partido, a conversa coloca sob suspeita a Lava Jato; vazamento das mensagens dividiu as redes sociais

Por Giovanna Romano 10 jun 2019, 14h12
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  • O ministro Sergio Moro (Cristiano Mariz/VEJA)

    A bancada do PSOL na Câmara vai protocolar a convocação do ministro da Justiça Sergio Moro à Casa para se explicar sobre a série de mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, que mostra que o ex-juiz federal orientou ações do Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato. O partido também vai abrir representação contra o procurador da operação Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

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    “[A troca de mensagens] coloca sob suspeita (ainda maior do que antes) toda a operação, mostra o viés político e partidário que orientou sua atuação e mesmo a influência disso no resultado eleitoral de 2018 – que, após a proibição da candidatura de Lula, colocou Jair Bolsonaro na Presidência e Moro no Ministério da Justiça”, observa o partido em nota oficial.

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    O interlocutor de Moro nas conversas vazados é Dallagnol, do MPF, autor da denúncia que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá. Entre os trechos divulgados, está a indicação, por parte de Moro, de uma pessoa “aparentemente disposta” a falar sobre imóveis relacionados ao petista. As mensagens também mostram que o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba chegou a queixar-se de recursos que poderiam atrasar a execução de pena de um acusado e fez sugestões no cronograma de fases da operação.

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Zero Três de Bolsonaro, relaciona o vazamento das conversas ao jornalista Glenn Greenwald, companheiro do deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). “Greenwald foi o porta voz do Snowden para vazar tudo que ele sabia sobre dados confidenciais dos EUA no caso conhecido como Wiki Leaks”, afirma o deputado em sua conta oficial do Twitter.

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    Em resposta às acusações, Miranda disse que os parlamentares, figuras que defendem a Lava Jato, são “simplesmente homofóbicos”. “Me chamam de tudo que é nome, fazem mil teorias de conspiração, mas não conseguem fazer uma pergunta: E aí, Moro, vai renunciar?”, escreveu o deputado também no Twitter, compartilhando a hashtag #VazaJato.

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    Nas redes sociais, há uma divisão entre os defensores de Moro e a oposição, que afirma que a operação é criminosa e pede a liberdade do ex-presidente Lula. Na manhã de segunda-feira, nos trending topics do Twitter brasileiro — lista que reúne os principais assuntos comentados pelos usuários —, as hashtags também estavam divididas. #EuApoioaLavaJato aparecia em primeiro lugar, seguida por #MoroCriminoso, #EuApoioTheInterceptBR e #VazaMoro.

    A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), também citada nas mensagens, afirmou nas redes sociais que a revelação deixam explícitas “as relações ilegais e espúrias entre o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, com destaque para Dallagnol. Uma fraude jurídica construída para condenar Lula sem crime e sem provas e impedir sua eleição para Presidente”. Dilma ainda diz que os processos implicam na liberdade imediata do ex-presidente.

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    Outro lado

    Os procuradores do MPF e Moro manifestaram-se por meio de nota. Embora não neguem o teor das mensagens divulgadas, destacam a origem ilegal dos vazamentos. “Não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho”, diz a nota.

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    Moro também afirmou que o conteúdo foi retirado do contexto. “Não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato”.


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