Em mais um capítulo da guerra fratricida no PSL, o partido decidiu suspender cinco deputados federais ligados ao presidente Jair Bolsonaro. A medida amplia o poder do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, e é vista nos bastidores como uma forma de impedir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) seja indicado como líder do partido na Câmara dos Deputados.
Foram suspensos os deputados Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Carlos Jordy (RJ). Os cinco assinaram, na quarta-feira 16, a lista que pedia a destituição do deputado federal Delegado Waldir (GO) da liderança do PSL na Câmara.
Com suas atividades suspensas, as assinaturas destes parlamentares em uma eventual nova empreitada contra Waldir não terão validade. A VEJA, Bibo Nunes disse que sua suspensão “é uma placa de ouro, que mostra que estou no caminho certo”.
Nesta sexta-feira, 18, em uma reunião da Executiva Nacional do PSL, realizada em Brasília, o partido decidiu aumentar o número de integrantes da legenda com direito a voto nas decisões internas de 101 para 153. Dos 52 novos membros, 34 têm mandato parlamentar – a maioria é próxima a Bivar.
Além disso, Eduardo Bolsonaro e seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foram destituídos do comando dos diretórios estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse a VEJA que a decisão deve ser formalizada até a terça-feira, 22, quando os membros dos diretórios entregarão à Executiva Nacional uma proposta de substituição.