O PSDB recebeu com apreensão a pesquisa Ibope divulgada na noite desta segunda-feira. A expectativa no entorno de Geraldo Alckmin, candidato a presidente pelo partido, era de um crescimento que o colocasse na casa dos dois dígitos. Alckmin, porém, oscilou apenas um ponto porcentual e foi a 8%, ainda em quarto lugar, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). Há pouco tempo para reverter esse quadro: restam apenas 13 dias para o primeiro turno.
Junto com a má notícia, porém, a campanha encontrou um alento: com as projeções de desempenho de Bolsonaro no segundo turno, o candidato do PSDB ganhou uma narrativa para lutar pelo voto útil. O candidato do PSL perde de Haddad, Ciro e Alckmin, segundo a pesquisa.
Nos comerciais que começam a ser exibidos nesta terça-feira, um locutor mostra a imagem de Bolsonaro se transformando aos poucos no rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Na eleição desse ano você pode acabar elegendo quem menos espera. Por exemplo: você vota no Bolsonaro no primeiro turno. No segundo turno, as pesquisas mostram: Bolsonaro empata com Marina, perde para o Ciro e caminha para perder do Haddad. Os três foram ministros do Lula”, diz o comercial.
O principal temor na campanha de Alckmin era que o crescimento de Haddad criasse uma onda de voto útil antipetista que impulsionasse Bolsonaro para uma vitória no primeiro turno.
Os outros candidatos
Questionado sobre o resultado da pesquisa, Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT, disse que ainda tem “trabalho pela frente”. Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT, afirmou que “as pesquisas são retratos do momento e as eleições são um filme”. Já a candidata da Rede, Marina Silva, informou que não comentaria a pesquisa.