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Propaganda de Alckmin na TV vai explorar delação de Antonio Palocci

Peça que vai ao ar na noite desta terça-feira cita trechos de depoimento do ex-ministro sobre Lula e supostas propinas em campanhas de Dilma

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 out 2018, 17h57 - Publicado em 2 out 2018, 17h21
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  • A campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, vai exibir no horário eleitoral na TV na noite desta terça-feira, 2, o conteúdo do anexo da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci (ex-PT) divulgado ontem pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba. O programa de hoje é o penúltimo dos candidatos ao Palácio do Planalto antes da votação do primeiro turno, no próximo domingo, 7.

    Com imagens de Palocci ao lado dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a propaganda de Alckmin cita os relatos do ex-ministro à Polícia Federal de que Lula sabia do esquema de corrupção na Petrobras desde 2007, que o PT gastou 1,4 bilhão de reais nas duas eleições de Dilma, em 2010 e 2014, quase três vezes mais que o declarado ao Tribunal Superior Eleitoral, e que parte das propinas usadas na primeira campanha da petista foi acertada pelo ex-presidente em uma reunião no Palácio da Alvorada.

    “Um país feliz de novo? Só se for para os corruptos. Se o PT voltar, a corrupção vai continuar”, diz a peça da campanha tucana.

    O programa também afirma que Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto, e o PT, que tem como candidato Fernando Haddad, o vice-líder, são uma “ameaça real ao futuro do Brasil, afinal os dois foram sempre iguais”.

    A peça enumera as propostas de Haddad e do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, para elaborar uma nova Constituição, além de votações no Congresso em que o deputado federal votou contra o Plano Real e a quebra do monopólio das telecomunicações, assim como o PT. A propaganda explora também a declaração de Jair Bolsonaro em que ele admitiu ter votado em Lula.

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    Especificamente sobre o candidato do PSL, o programa diz ainda que “Bolsonaro sempre defendeu empresas estatais. De repente mudou de lado e, com Paulo Guedes, passou a defender privatizações somente agora, na véspera da eleição”. A propaganda cita as propostas de Guedes de criar um imposto aos moldes da CPMF, o imposto do cheque, e uma alíquota única de imposto de renda.

    Pegando carona no movimento #EleNão, contra a candidatura de Bolsonaro, o vídeo de Geraldo Alckmin prega “nem um, nem outro. Eles não”.

    A vice do tucano, senadora Ana Amélia (PP-RS) também aparece na peça, declarando que “o Brasil quer e precisa de esperança, não de medo e nem de intolerância”. Ela afirma que “presidente sem apoio cai” e que Alckmin é “único que terá apoio do Congresso” para fazer reformas.

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    ‘Grandes viradas’

    Diante dos 8% de Geraldo Alckmin no mais recente Ibope, divulgado nesta segunda-feira, 1º, empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT) em terceiro lugar na disputa presidencial, a campanha tucana diz na propaganda que “a história das eleições no Brasil é marcada por grandes viradas” e lembra, sem citar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), aliado indesejado desde que foi gravado por Joesley Batista, que “em 2014 ninguém apostava que o PSDB ultrapassaria Marina Silva só nos últimos dias”.

    A peça mostra ainda dados do Datafolha segundo os quais 25% dos eleitores decide o candidato a presidente na última semana e 1/3 admite que ainda podem mudar de opção.

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