O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho foi anunciado, nesta quinta-feira, 5, o novo embaixador do turismo brasileiro. O anúncio ocorreu em um evento do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), que visa divulgar o país no exterior e fomentar o turismo internacional no país.
“O turismo é importantíssimo para gerar empregos e recuperar nossa imagem internacionalmente”, afirmou o pentacampeão do mundo com a seleção brasileira. O cantor Amado Batista também foi anunciado embaixador do turismo. Segundo a Embratur, “eles ajudarão, voluntariamente, em diversas campanhas a serem realizadas pela autarquia”.
Além de Ronaldinho Gaúcho e Amado Batista, já foram anunciados como embaixadores outras 14 pessoas, como o biólogo Richard Rasmussen, o lutador Renzo Gracie e a dupla sertaneja Bruno e Marrone.
O primeiro projeto apresentado pela Embratur foi um reality show denominado “Rei do Rolê”. Segundo o instituto brasileiro, “estrangeiros deverão enviar vídeos, de até 1 minuto, explicando porque deveria ser escolhido para passar 30 dias conhecendo o Brasil de graça. O selecionado conhecerá as 5 regiões do país e serão recebidos por embaixadores”. Nas redes sociais, Ronaldinho Gaúcho é carinhosamente chamado de rei dos “rolês aleatórios”, porque costuma aparecer em situações inusitadas como convidado.
Passaporte apreendido
A escolha de Ronaldinho Gaúcho tem sido contestada nas redes sociais. Em novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou a apreensão dos passaportes de Ronaldinho Gaúcho e do seu irmão, Roberto Assis Moreira, devido ao não pagamento de uma dívida por dano ambiental em Porto Alegre.
Em 2015, os irmãos e a empresa Reno Construções e Incorporações foram condenados por construção ilegal de um trapiche, com plataforma de pesca e atracadouro na orla do Lago Guaíba, em área de preservação permanente, sem licenciamento ambiental.
Conforme o TJ-RS, a sentença transitou em julgado em fevereiro de 2015. Sem serem localizados, eles foram intimados por edital em 2017. O valor das multas e da indenização chega a 8,5 milhões de reais.
A decisão do último dia 31 atende a um pedido do Ministério Público. Segundo sentença do desembargador Newton Fabrício, os réus foram omissos durante o processo e sempre se recusaram a receber intimações.
O magistrado ainda cita que só foi possível intimar os irmãos quando um oficial de justiça foi até a Assembleia Legislativa durante depoimento de Roberto Assis na CPI do Instituto Ronaldinho.
“Apesar de fotografados rotineiramente, em diferentes lugares do mundo, corroborando o trânsito internacional intenso mediante a juntada de Certidões de Movimentos Migratórios, os recorrentes, curiosamente, em seu país de origem, possuem paradeiro incerto e/ou não sabido”, afirmou o desembargador na decisão.
O ex-jogador foi intimado através de carta precatória enquanto treinava no CT do Atlético-MG. Além da apreensão, Newton Fabrício proibiu a emissão de novos documentos até o pagamento da multa ambiental.