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Por que a prisão de dono do Banco Master cai como uma bomba nos bastidores de Brasília

Operação da PF atinge o banqueiro Daniel Vorcaro, afasta presidente do BRB e mira suspeitas de fraude bilionária

Por Veruska Costa Donato, Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2025, 09h30 - Publicado em 18 nov 2025, 16h05

A prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, pela Polícia Federal, detonou uma bomba no meio político e no mercado financeiro. A Operação Compliance Zero cumpriu sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em quatro estados — e levou o Banco Central a decretar a liquidação extrajudicial da instituição.

Para o colunista Robson Bonin, de Radar, o caso não surpreendeu Brasília: era o desfecho natural de uma novela que unia banqueiros, políticos influentes e uma operação bilionária suspeita envolvendo o Banco de Brasília (BRB).

Como a operação respinga na política?

Segundo Bonin, a bomba política vem do fato de que o BRB, um comandado pelo governo do Distrito Federal, havia sido mobilizado para tentar comprar o Banco Master. A operação despertou desconfiança desde o início — e o avanço das investigações confirmou o pior cenário: interesses políticos e financeiros caminhando lado a lado, sem qualquer lastro técnico.

O chefe do BRB acabou sendo afastado por 60 dias, e a PF chegou a pedir sua prisão — negada pelo juiz, que considerou o afastamento suficiente.

Vorcaro tentou fugir?

As apurações revelam um enredo tenso nos bastidores. Vorcaro soube que poderia ser alvo de uma operação e seus advogados correram aos tribunais para indicar disposição de colaborar. Ao mesmo tempo, porém, o banqueiro arrumou as malas e tomou um voo internacional.

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A defesa alega que o motivo da viagem era formalizar a venda do Banco Master a um fundo árabe, anunciada na véspera. Para a PF, a sucessão de movimentos indicava fuga em curso.

O que a PF encontrou nas buscas?

A devassa desta terça-feira trouxe à tona um retrato que a corporação descreve como incompatível com a atividade bancária regular: mais de R$ 1,6 milhão em espécie, joias, carros de luxo, vinhos caríssimos.

As imagens foram divulgadas pela própria PF. Paralelamente, o diretor-geral, Andrei Rodrigues, informou ao Congresso que o bloqueio determinado pela Justiça ultrapassa R$ 12 bilhões — valor que, segundo investigadores, seria movimentado em contratos fraudulentos.

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A compra pelo BRB seria uma tentativa de “esquentar” recursos?

Essa é a principal linha de investigação da PF. A suspeita é que o Banco Master buscava uma operação estatal para legitimar ativos e contratos irregulares, com impacto direto sobre o dinheiro do contribuinte do Distrito Federal.

A narrativa envolveria operações fictícias, contratos de fachada e tentativas de blindar patrimônio por meio da anunciada venda internacional — que, agora, também será investigada.

E o que acontece daqui para frente?

O caso está longe do fim. O próximo passo será a decisão do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, sobre o levantamento do sigilo.

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Bonin resume: “É apenas o início de uma novela longa, com desdobramentos políticos e financeiros profundos”.

A operação mexe com Brasília, pressiona o mercado e abre uma nova frente de desgaste para setores que se aproximaram do banqueiro — uma história que está só no começo.

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