Por causa do coronavírus, esquerda cancela manifestações de 18 de março
Segundo a UNE, suspensão foi decidida em conjunto com os outros movimentos de oposição; apoiadores de Bolsonaro também haviam cancelado atos de rua
Em comunicado divulgado em suas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) anunciou o cancelamento dos atos convocados para o dia 18 de março, em razão do aumento dos casos de novo coronavírus no país. A ideia vinha sendo discutida internamente nos últimos dias, mas o posicionamento oficial só foi divulgado nesta sexta-feira, 13. A decisão, segundo a entidade, foi tomada em acordo com outros grupos que participavam da organização do protesto, como movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição.
“Diante do avanço da contaminação do Covid-19 no Brasil, nós, da União Nacional dos Estudantes, acreditamos que esse é um momento de responsabilidade com a saúde do povo brasileiro e por isso, em conjunto com outros movimentos, decidimos pelo adiamento dos atos de rua do dia 18, evitando o fomento de grandes aglomerações conforme orientações da OMS e Ministério da Saúde, mas mantendo as greves e paralisações”, diz a publicação.
A pauta das manifestações incluía a defesa da democracia, protestos contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e contra o que o movimento classifica como “desmonte das instituições”. Na nota, divulgada nas redes sociais, a UNE afirma, ainda, que orientará os estudantes sobre as medidas e precauções a serem adotadas com relação à suspensão de aulas em algumas instituições de ensino.
“Também utilizaremos nossos canais para alertar aos estudantes brasileiros dos cuidados e precauções necessárias nesse momento, sem pânico, mas com prevenção. Seguimos incansáveis na luta e contribuindo pela contenção da pandemia e assim que tudo estiver sob controle voltaremos a ocupar as ruas de país”, afirma o comunicado.
Na noite da quinta-feira 12, o Instituto Marielle Franco já havia anunciado o cancelamento dos atos convocados para o dia 14 de março, data em que os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completariam dois anos. Apesar do adiamento, a organização está convocando “um grande amanhecer por Marielle e Anderson” na manhã do sábado. “Pendure uma faixa, lenço, pano amarelo ou girassol na sua janela ou laje ou varanda a partir das 7h deste sábado”, diz a publicação, que também pede que os apoiadores do ato publiquem uma foto em suas redes sociais com a hashtag #JustiçaPorMarilleEAnderson.
Mais cedo, também na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu, durante sua live nas redes sociais, e em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, aos seus apoiadores que adiassem as manifestações do próximo domingo, em apoio ao seu governo – o presidente aproveitou a ocasião para defender os atos, que, segundo a sua avaliação, são “espontâneos e legítimos” e de interesse do país.
A reação de Lula ao ser aconselhado a decretar intervenção na segurança do Rio
A provocação de Lázaro Ramos após megaoperação no Rio
Paulo Betti causa divergências ao falar sobre megaoperação no Rio
Quem são os chefões do Comando Vermelho mortos na megaoperação do Rio
Combate ao tráfico: Cláudio Castro se sai melhor que Lula, aponta pesquisa







