Policial acusado de morte por sufocamento quer trabalhar no Senado
Paulo Rodolpho do Nascimento está preso e pediu autorização para prestar concurso
Um dos policiais rodoviários federais acusados de envolvimento na morte por sufocamento de Genivaldo Santos, de 38 anos, ocorrida após uma ação em Umbaúba, em Sergipe, pediu autorização da Justiça para deixar o presídio e prestar concurso para o Senado. Paulo Rodolpho do Nascimento, denunciado por homicídio qualificado e abuso de autoridade, juntamente com os policiais William de Barros Noia e Kleber Freitas, afirma que pretende fazer as provas para analista legislativo (salário inicial de 25.000 reais) e consultor legislativo (33.000 reais mensais), marcadas para o próximo sábado, 5.
Segundo o advogado José Rawlinson Ferraz, seu cliente está preso preventivamente, mas é necessário observar o princípio da presunção de inocência, pois ele pode ser absolvido e, se não puder deixar a cadeia para prestar o concurso, haverá prejuízo irreparável. “A participação em certame público é direito reconhecido do preso, sendo ele preventivo ou apenado com sentença condenatória transitada em julgado”, disse o defensor.
O pedido ainda não foi autorizado pela Justiça.
Os três policiais, que trancaram Genivaldo no porta-malas de uma viatura e jogaram gás lacrimogêneo, foram presos preventivamente no mês passado, após o Ministério Público Federal denunciá-los e a Justiça acatar os pedidos dos procuradores.