Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PGR pede ao STF abertura de 80 investigações a partir de delações da J&F

Entre os delatados que podem vir a ser investigados estão o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves

Por Reuters Atualizado em 10 Maio 2018, 16h45 - Publicado em 10 Maio 2018, 16h44

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de autorização para abrir 80 investigações a partir de informações complementares das delações premiadas de executivos e diretores do grupo J&F, entregues no fim de agosto de 2017.

A maioria dos relatos refere-se a casos que já são objeto de apuração, mas também há indicação de fatos ainda desconhecidos, o que poderá gerar a instauração de novos procedimentos. Caberá a Fachin autorizar tais medidas.

Na lista, segundo o documento remetido ao STF, constam termos de colaboração que envolvem o presidente Michel Temer (MBD), os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

A lista de envolvidos não se restringe a políticos e ocupantes de cargos públicos. A procuradoria-geral da República também requereu a apuração de indícios de crimes praticados por empresários, lobistas e advogados.

Continua após a publicidade

Raquel Dodge também pede ao Supremo o envio de depoimentos de delatores a outras instâncias judiciais, assim como ocorreu no ano passado. O maior volume deve seguir à Justiça Federal no Distrito Federal, para onde podem ser remetidos 26 fatos mencionados pelos delatores. Para São Paulo, a indicação é pelo envio de 7 casos. A Justiça Federal no Paraná, por sua vez, deverá ser o destino de documentos referentes a 6 episódios em que há indícios de crime.

Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Norte, Acre e Rondônia também estão entre os estados que receberão informações que poderão subsidiar investigações em curso ou gerar a abertura de novos procedimentos.

A definição dos desmembramentos, assim como as respectivas indicações da instância a serem destinados os inquéritos, não considerou a decisão tomada na semana passada pelo STF de restringir o alcance do foro privilegiado de parlamentares. Na peça, a PGR esclarece que, ao determinar as providências, o Supremo avaliará a sua competência para atuar nos casos.

No documento, Raquel Dodge explica que a providência só não foi adotada antes porque o Ministério Público Federal aguardava a decisão do STF em relação à eventual rescisão dos acordos de 4 delatores.

Uma cópia dos anexos complementares foi enviada a Fachin em setembro de 2017, junto com a manifestação pela rescisão dos acordos de Joesley Batista, sócio do Grupo J&F, e Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da JBS. Após essa data, a PGR reforçou o pedido em relação aos dois, além de fazer a mesma indicação de rescisão para os termos dos também executivos Wesley Mendonça e Francisco de Assis.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.