Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Petrolão faz Brasil perder sete posições em ranking de corrupção

Entre 168 países analisados, a Dinamarca é apontada como a nação mais transparente do mundo

Por Da Redação
27 jan 2016, 06h34

O Índice de Percepção da Corrupção 2015, publicado nesta quarta-feira pela ONG Transparência Internacional (TI), revela que o Brasil é o país que mais caiu no índice, ao perder sete posições e ficar no 76º lugar. “O escândalo da Petrobras levou a população às ruas em 2015 e o início do julgamento deste caso poderia ajudar o Brasil a reduzir a corrupção”, destacou a TI.

Segundo o relatório, que é baseado na opinião de especialistas do setor privado sobre a corrupção no setor público e classifica o desempenho de 168 países, a Dinamarca é apontada como a nação mais transparente do mundo, enquanto Somália e Coreia do Norte seguem como os Estados com os setores públicos mais corruptos.

De acordo com a TI, o Brasil se encontra, ao lado de Espanha, Líbia, Austrália e Turquia, entre os países que tiveram maior queda em suas posições nos últimos quatro anos, enquanto Grécia, Senegal e o Reino Unido são os que mostraram as melhorias mais substanciais.

Apesar de a corrupção continuar sendo generalizada, a ONG afirmou que seu novo índice mostra “sinais de esperança”, já que o número de países que melhoraram sua pontuação foi maior em relação aos que pioraram.

“É possível vencer a corrupção se trabalharmos juntos; para erradicar o abuso de poder, o suborno e revelar negociações secretas, os cidadãos devem dizer em uníssono a seus governos que já tiveram o bastante”, afirmou em comunicado o presidente da TI, José Ugaz.

Pelo segundo ano consecutivo, a Dinamarca, com 91 pontos de um total de 100, ocupa o primeiro lugar do ranking, seguida por Finlândia, Suécia, Nova Zelândia, Holanda, Noruega, Suíça, Cingapura, Canadá e Alemanha, que compartilha a décima posição com Luxemburgo e Reino Unido.

Continua após a publicidade

No parte de baixo da tabela, com 8 pontos e como os países mais corruptos estão Somália e Coreia do Norte, precedidos por Afeganistão, Sudão, Sudão do Sul, Angola, Líbia, Iraque e Venezuela, que está empatada com Guiné-Bissau e Haiti na 158ª posição.

Os países nas primeiras posições, segundo a TI, apresentam características comuns, como o alto nível de liberdade de imprensa, o acesso à informação sobre orçamentos que permite que os cidadãos saibam a origem o dinheiro e como o mesmo é gasto, altos níveis de integridade entre os cargos públicos e um Poder Judiciário independente.

Por outro lado, os países nas últimas posições, além de conflitos e guerras, se destacam pela governabilidade deficiente, por instituições públicas frágeis, como a polícia e o Poder Judiciário, e pela falta de independência nos meios de comunicação.

O Índice de 2015 mostra que mais de dois terços dos países apresentam graves problemas de corrupção ao não conseguirem o mínimo de 50 pontos, situação na qual está metade do G20 e todo o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, a Índia, China e África do Sul).

Mais de 6 bilhões de pessoas, segundo a TI, vivem em países com alto índice de corrupção.

Continua após a publicidade

As regiões pior qualificadas são a África Subsaariana, a Europa Oriental e a Ásia Central, seguidas pelo Oriente Médio e o Norte da África e a América.

Neste último continente, a disparidade é enorme, já que o Canadá, com 83 pontos, ocupa a nona posição da classificação, enquanto Venezuela e Haiti têm apenas 17 pontos.

Na Europa e na Ásia Central, o panorama é de “estagnação”, segundo a ONG, que revelou estar “muito preocupada” com a evolução de países como Hungria, Macedônia, Espanha e Turquia, “onde se vê que a corrupção cresce enquanto diminui a democracia e o espaço da sociedade civil”.

Como exemplos positivos, a ONG destacou o trabalho de grupos e indivíduos em lugares tão diversos como Guatemala, Sri Lanka e Gana, que “trabalharam de forma intensa para expulsar os corruptos e, com isso, enviaram uma mensagem contundente, que deveria inspirar outros a agirem com determinação em 2016”.

(com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.