O ex-ministro Sergio Moro se consolidou em terceiro lugar nas intenções de voto para a Presidência da República. Filiado ao Podemos, ele marcou 11% na mais recente pesquisa da Quaest Consultoria, encomendada pela corretora Genial e divulgada nesta quarta-feira 8. O ex-presidente Lula (PT) lidera, com 47%, e Jair Bolsonaro (PL) aparece na segunda posição, com 24%. Eterno presidenciável, Ciro Gomes (PDT) está em quarto, com 7%.
Moro cresceu apenas 3 pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior, realizado em novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O crescimento pode ser considerado positivo se considerada a distância para Ciro, que subiu de dois para quatro pontos, mas não foi suficiente para reduzir a desvantagem de Moro para Bolsonaro, de quem o ex-ministro tenta roubar a vaga no segundo turno. Os dois continuam separados por 13 pontos, já que o presidente também avançou 3 pontos.
“Moro está vagarosamente ocupando um espaço de quem é nem Lula nem Bolsonaro”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Mas ele precisa modular o discurso. A rejeição é muito alta, só abaixo da de Bolsonaro”, acrescenta. A rejeição ao presidente é de 64% — e a de Moro, de 61%. Lula é rejeitado por 43%. Não à toa, o petista derrotaria tanto o ex-capitão quanto o ex-ministro num eventual segundo turno.
Segundo políticos e especialistas, a vaga do petista no segundo turno está garantida. Moro e os demais presidenciáveis concorreriam para tirar Bolsonaro da reta final. Nos últimos meses, o presidente aceitou sugestões de expoentes do Centrão e reduziu sua retórica beligerante contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também tirou do papel o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda com o qual pretende recuperar popularidade. Essa receita, ao que parece, está rendendo frutos. A aprovação ao governo está estável, já a reprovação caiu 6 pontos percentuais entre novembro e dezembro.
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