O vice-presidente da República, Hamilton Mourão afirmou que quem ameaça parlamentares comete um crime contra a democracia. Nesta quinta-feira 24, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou que desistiu de assumir um novo mandato para o qual foi eleito e que irá deixar o país diante das ameaças que vem recebendo.
“Uma das coisas que é mais importante é você ter sua opinião e ter a liberdade para expressar sua opinião, os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma, se não gostou, paciência.”
Mourão, entretanto, disse que é preciso aguardar um detalhamento sobre as ameaças relatadas pelo parlamentar. “Quando a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como. Vamos aguardar”, declarou o vice, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Não estou na chuteira do Jean Wyllys, ele é que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido”, afirmou Mourão, ao ser perguntado se a decisão do parlamentar estava correta.
Além disso, o vice-presidente afastou a possibilidade de relacionar à decisão do deputado com a investigação sobre o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. “Em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro. Acho que isso aí é o wishful thinking, desejo que algo aconteça”, disse Mourão.
Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro impulsionam a expressão #InvestigarJeanWillis, insinuando que o deputado do PSOL estaria “fugindo” de uma investigação por fazer parte do partido ao qual Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, já foi filiado.
(Com Estadão Conteúdo)