Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Palocci pede para ser ouvido novamente pela Justiça Federal

Defesa de ex-ministro promete esclarecimentos sobre sua participação em esquema de corrupção envolvendo a Odebrecht e a Petrobras em 2010

Por Ricardo Chapola
8 fev 2018, 17h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-ministro Antonio Palocci (PT)
    Antonio Palocci foi condenado a doze anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Vagner Rosário/VEJA.com)

    A defesa do ex-ministro Antonio Palocci pediu nesta quinta-feira (8) para que ele seja ouvido novamente pela Justiça Federal sobre sua participação no esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e contratos de sondas com a Petrobras. Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro foi condenado pelo juiz Sergio Moro a doze anos, dois meses e vinte dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    Publicidade

    Na petição endereçada ao desembargador João Pedro Gebran Neto, da 8ª Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), os advogados escreveram que Palocci está disposto “a cooperar na elucidação dos fatos criminosos do qual participou”. Palocci foi ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil no início do primeiro mandato de Dilma Rousseff.

    Publicidade

    Palocci é réu na ação do MPF que apontou pagamentos de US$ 10,2 milhões em propinas, referentes a contratos firmados pelo Estaleiro Enseada do Paraguaçu (de propriedade da Odebrecht) com a Petrobras, por intermédio da Sete Brasil. Segundo a acusação, o dinheiro foi pago ao marqueteiro do PT João Santana, também preso na Operação Lava Jato.

    No primeiro depoimento prestado ao juiz Sergio Moro, no ano passado, Palocci falou de uma reunião com o então presidente Lula na biblioteca do Palácio do Alvorada, em meados de 2010. A pauta era a exploração do pré-sal. Segundo o ex-ministro, Lula teria afirmado que parte desse projeto deveria financiar a campanha de Dilma Rousseff naquele ano.

    Publicidade

    Agora, a defesa de Palocci diz que ele pretende prestar esclarecimentos sobre a formação e financiamento da Sete Brasil; conversas das quais participou para organizar o esquema de propina decorrente das sondas; o que foi receber os valores, bem como indicação da origem e destino do dinheiro; pedidos de vantagens indevidas.

    “É de conhecimento público e notório que o recorrente tomou a importante escolha de cooperar espontaneamente com a Justiça no esclarecimento das situações criminosas das quais participou, bem como daquelas que tomou conhecimento ao longo da sua trajetória política”, diz a petição.

    Publicidade

    Palocci tem tentado firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Embora ainda não tenha conseguido, sua defesa diz que ele “escolheu a cooperação imediata e espontânea como caminho para a resolução jurisdicional de seus débitos com a justiça”.

    Ainda segundo a solicitação, os advogados de Palocci justificam também os motivos de ele não ter revelado o que sabia em seu primeiro depoimento, prestado em 1ª instância. “Não o fez pois não queria invadir o sigilo inerente ao seu procedimento de colaboração premiada. Assim, procurando evitar expor fatos confidenciais, o recorrente usou o seu primeiro interrogatório para se defender, negando (erroneamente) a prática criminosa.”

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.