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Os segredos do padre de Osasco, alvo da operação da PF

José Eduardo de Oliveira disse que não passou suas senhas para a polícia por guardar confidências de fiéis e de autoridades que o procuram

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h12 - Publicado em 17 fev 2024, 20h42
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  • Um dos alvos da última operação da PF que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva disse em um vídeo que não entregou as senhas de suas redes sociais nem do celular apreendido pelos policiais por ser guardião de “confidências profundas” de seus fiéis, dentre os quais, segundo ele, há muitas autoridades, de desembargadores a políticos.

    Nas investigações, o religioso é citado como membro do núcleo jurídico de um suposto golpe de Estado que teria sido gestado no final do governo de Jair Bolsonaro. “Eu entreguei meus equipamentos sem a senha. Por que fiz isso? Eu recebo pedidos de conselho, orientações, as pessoas se confidenciam, abrem a alma, contam seus dramas mais profundos para mim. Eu não posso expor meus fiéis. Estou resguardado pela lei brasileira e por acordos internacionais”, justificou.

    Nada, portanto, de delação premiada. “Como sacerdote, o sigilo não pode ser violado. Meu sigilo sacerdotal não pode ser violado. Não sei muito bem o que fazer. Mas adianto que existe toda uma proteção. Como sou sacerdote, infelizmente não posso dispor do segredo dos outros. As pessoas que se consultam e se consultaram comigo podem ficar tranquilas”, complementou José Eduardo.

    O vídeo de nove minutos foi gravado, nas palavras do padre de Osasco, a partir de equipamentos que fiéis de sua igreja emprestaram – já que os dele foram levados pela PF na operação do dia 8 de fevereiro. Na gravação, José Eduardo sustenta que muitas pessoas o procuram em busca de “auxílio espiritual” por gostarem dele e por verem algo diferente.

    Sem citar nomes, o religioso afirmou que já aconselhou autoridades em todo o país. “Graças a Deus, como teólogo e filósofo, muitas pessoas se consultam comigo, do Brasil inteiro: prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores, deputados federais, deputados estaduais, senadores. Eu atendo todas as pessoas que pedem meu auxílio espiritual. Porque essa é a minha missão. Se as pessoas gostam de mim, da minha oração, do meu conselho é porque elas veem algo diferente”, contou.

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    EM DEFESA DA VIDA E CONTRA O ABORTO

    O padre aproveitou o vídeo para fazer propaganda dos cursos que vende na internet e pedir doações: “Quero aproveitar a ocasião para reafirmar minha posição absolutamente inquestionável em defesa da vida, contra o aborto. Contra a família, contra a ideologia que pretende destruir a identidade das pessoas”, afirmou. “E agora estamos com nosso colégio, se você puder ajudar nosso colégio, vá até a nossa página de doações, um colégio católico, de boa doutrina e boa orientação moral”, concluiu.

    José Eduardo é apontado pela PF como um dos responsáveis pelas minutas de decretos que dariam sustentação jurídica às ações do grupo ligado ao ex-presidente que planejava anular as eleições de 2022.

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