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Os planos de Michelle para o futuro

A primeira-dama já pode ser considerada a grande vitoriosa da campanha de Bolsonaro

Por Hugo Marques, Leonardo Caldas
Atualizado em 30 out 2022, 14h43 - Publicado em 30 out 2022, 12h13

Michelle Bolsonaro (PL) resistiu muito até mergulhar na campanha do marido. Independentemente do resultado da eleição, ela foi bem-sucedida — e até já pensa em voos mais altos. De acordo com pessoas próximas, o desempenho dela foi  considerado tão “excepcional” para quem nunca teve experiência com palanques que já se fala até em uma futura candidatura. “Ela não refuta a ideia, mas ainda não tem convicção sobre isso. Esse momento, por enquanto, está levando a Michelle a ter um outro olhar sobre a política”, contou um auxiliar.  Uma das hipóteses consideradas pelo grupo mais próximo à primeira-dama é a disputa por uma vaga para o Senado em 2026.

Confira a apuração do resultado do segundo turno das eleições 2022.

O entusiasmo tem a ver com o desempenho da primeira-dama e com a conquista de uma amiga dela. Nos últimos meses, Michelle percorreu vários estados, acompanhou o marido em eventos de campanha, se reuniu com lideranças femininas e evangélicas. Seu maior feito, porém, se deu em Brasília, onde se dedicou a eleger Damares Alves. A ex-ministra de Bolsonaro surpreendeu ao desbancar políticos tradicionais do DF e conquistar a vaga no Senado.

Procurada, a senadora eleita destaca a importância da participação de Michelle em sua campanha, mas descarta, por enquanto, a possibilidade dela ingressar na política. “Eu brinco com ela sobre isso e ela dá gargalhadas. Michelle gosta de fazer ação social. Ela ama servir, mas não gosta de política partidária”.

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Coordenadora da Frente Parlamentar Feminina das Câmara dos Deputados, Celina Leão (PP),  que se elegeu vice-governadora do Distrito Federal, acompanhou Michelle em várias viagens pelo país. A congressista diz ter ficado supresa com o desempenho da primeira-dama: “Ela tem muito potencial. É uma pessoa muito carismática, que defende bandeiras importantes, como a das pessoas deficientes”, disse.

Em suas andanças, a primeira-dama defendeu as realizações do governo Bolsonaro, investiu nas pautas de costume e chamou o PT de “Partido das Trevas”. Pela lei, o cônjuge ou parentes de até segundo grau de um político no exercício do mandato não podem se candidatar.  A regra serve para impedir que famílias se perpetuem no poder. Michelle, portanto,  só poderia ser candidata em 2026, caso Bolsonaro não consiga a reeleição.

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