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Operação Lava Jato: ex-secretário do DF e policial civil são suspeitos de lavar dinheiro com doleiro

Júlio Luis Urnau é investigado por suspeita de ser "sócio informal" do doleiro Carlos Habib Chater. Clayton Rinaldi de Oliveira, da Polícia Civil, obteve dinheiro em espécie com a quadrilha comandada por doleiro

Por Daniel Haidar, de Curitiba
31 mar 2014, 20h21

Os doleiros investigados na operação Lava Jato também tinham ramificações no governo do Distrito Federal. O ex-secretário adjunto de Transportes do Distrito Federal Júlio Luis Urnau é investigado por suspeita de ser “sócio informal” do doleiro Carlos Habib Chater, na Valortur Câmbio e Turismo, e de ter se beneficiado de operações de lavagem de dinheiro. Não é a primeira vez que ele é alvo de um inquérito policial. Urnau chegou a ser preso em 2011 acusado de receber propina de uma cooperativa de transporte.

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Na operação Lava Jato, a Polícia Federal investiga um esquema que movimentou cerca de 10 bilhões de reais em operações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Há suspeitas de negócios das quadrilhas com a Petrobras e o Ministério da Saúde. Chater é um dos pivôs da investigação, junto com os doleiros Alberto Youssef, Nelma Kodama e Raul Srour. Desde o início do inquérito em meados de 2013, foram detectadas diversas ligações telefônicas que indicam transações financeiras entre Chater e Urnau. O ex-secretário é suspeito de lavagem de dinheiro, mas a Justiça Federal ordenou que seja melhor esclarecida a participação dele no esquema. Urnau foi secretário adjunto de Transportes no governo de José Roberto Arruda.

Outro funcionário do governo do Distrito Federal investigado na Lava Jato é o policial civil Clayton Rinaldi de Oliveira. Ele teve bens bloqueados por ordem da 13ª Vara Federal do Paraná. A polícia constatou que ele obteve dinheiro em espécie com a quadrilha comandada por Chater. Oliveira também fez transações consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De acordo com um relatório de inteligência financeira (RIF), o policial civil movimentou 947.267,00 mil reais de março a outubro de 2011 como pessoa física enquanto sua empresa Rinaldi Consultoria Empresarial girou 6,5 milhões de reais. E empresas ligadas a Chater estão na origem desses recursos. O agente da Polícia Civil recebeu cerca de 935.000,00 reais de um posto de gasolina que pertenceu ao doleiro e 344.500,00 reais de outro posto de combustíveis que ainda pertence a Chater.

Os investigadores suspeitam que o policial civil cometeu crime de lavagem de dinheiro, porque julgaram ser discrepante a movimentação financeira de sua empresa e os seus salários de policial civil.

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O doleiro Chater motivou o início das investigações da Lava Jato. Ele foi flagrado inicialmente em uma aparente operação de lavagem de dinheiro de recursos do deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010 e foi um dos acusados no processo do mensalão, esquema de compra de apoio político de parlamentares de PP, PL (atual PR), PTB e PMDB pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. No começo do inquérito da operação Lava Jato, foi detectado que Chater aplicou recursos de Janene na Dunel Indústria e Comércio, empresa da qual o deputado era sócio. As transações foram feitas por duas empresas controladas pelo doleiro, sem indicar que os recursos originalmente pertenciam ao político.

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