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Odebrecht e Andrade Gutierrez entram na mira do Ministério Público português

Procuradoria suspeita que empreiteiras brasileiras tenham sido beneficiadas no governo de José Sócrates, o ex-premiê português que foi preso no ano passado, em contratos que somam 3,2 bilhões de reais, segundo jornal português

Por Da Redação
24 jul 2015, 01h13

Portugal tornou-se mais uma fonte de preocupações para as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, cuja cúpula está presa no Paraná desde a 14ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo edição desta sexta-feira do jornal Correio da Manhã, o Ministério Público português investiga contratos firmados por duas subsidiárias das empresas brasileiras entre 2005 a 2011, durante o governo do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que está preso desde o ano passado sob suspeita de corrupção e fraude fiscal. Os contratos somam 900 milhões de euros – ou 3,2 bilhões de reais.

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De acordo com o diário português, o foco do Ministério Público são obras nas barragens do Sabor e do Alqueva, rodovias na Grande Lisboa, Baixo Tejo e Douro Litoral e escolas. A suspeita é de que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez tenham sido beneficiadas no governo de Sócrates. Conforme o Correio da Manhã, Odebrecht e Andrade Gutierrez atuam no país desde a aquisição, respectivamente, da Bento Pedroso Construções e da Zagope, e obtiveram diversos contratos com o governo para construção de barragens e rodovias e modernização de escolas.

Colaboração – A Bento Pedroso e a Zagope entraram na mira do MP português durante as investigações do caso Monte Branco, maior escândalo de lavagem de dinheiro do país, que apura a movimentação de fortunas por intermédio de offshores, contas na Suíça e em Portugal. Foi no âmbito deste caso que surgiram pistas que levaram à prisão do ex-premiê português, no âmbito da Operação Marquês, e possíveis pontos de contato com a Lava Jato. Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República de Portugal confirmou que colabora com a força-tarefa da Lava Jato. O pedido de ajuda internacional partiu das autoridades brasileiras.

EUA – Os negócios da empreiteira brasileira Odebrecht no exterior já haviam chamado a atenção da diplomacia americana, que apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010). Telegramas confidenciais do Departamento de Estado americano revelados pelo grupo WikiLeaks relatam ações da empresa brasileira e suas relações com governantes estrangeiros. Lula é citado em iniciativas para defender os interesses da Odebrecht no exterior.

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