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O lobby dos petistas que não deu certo no STJ

Jaques Wagner e Wellington Dias foram cabos eleitorais de candidatos que conseguiram pouquíssimos votos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 ago 2023, 14h27
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  • O senador Jaques Wagner e o ministro Wellington Dias
    O senador Jaques Wagner e o ministro Wellington Dias - apadrinhados no STJ perderam disputa (Pedro França/Agência Senado/André Oliveira/MDS//)

    Nunca houve campanha como a que culminou na quarta-feira 23 com a formação das listas de candidatos às três vagas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A avaliação foi feita a VEJA por um dos integrantes da Corte depois de detectar que aliados do governo Lula batiam insistentemente à porta dos magistrados para tentar emplacar dois nomes: o do piauiense Erivan Lopes e do baiano Maurício Kertzman.

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    Em nome de Kertzman, candidato apoiado pelo senador Jaques Wagner, o líder do governo no Senado falou com pelo menos 20 dos 30 integrantes do STJ. O ministro do Desenvolvimento Social Wellington Dias, que defendia o nome de Lopes, chegou a ser desaconselhado por integrantes do tribunal a pedir desabridamente pela escolha do candidato piauiense, porque, nas palavras de um ministro, “estava pegando mal”.

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    Às vésperas da eleição de duas listas de indicados, uma formada por desembargadores estaduais e outra por advogados, a serem encaminhadas ao presidente Lula para a escolha final, a Corte Especial discutiu a hipótese de os ministros só terem acesso a elementos desabonadores dos candidatos 48 horas antes da votação. O temor era de vazamento do que alguns consideravam uma verdadeira ficha corrida dos aspirantes a ministro. A proposta foi descartada e na sexta-feira que antecedeu a deliberação a lista chegou às mãos dos votantes.

    Embora casos que os mencionem em situações constrangedoras já tenham sido arquivados – Lopes foi citado em um processo de grilagem de terras rejeitado sumariamente pelo Conselho Nacional de Justiça e Kertzmann aparecia em investigações resultantes de delações premiadas no Judiciário baiano – ministros do STJ relataram a VEJA constrangimento de vê-los pedindo votos e usando os dois petistas como cabos eleitorais de luxo no tribunal.

    Apesar dos padrinhos influentes no governo, Kertzman e Lopes tiveram votação longe do que imaginavam – oito votos cada no primeiro escrutínio. A lista de desembargadores levada a Lula terá os nomes de Carlos Vieira Von Adamek, José Afrânio Vilela, Elton Martinez Carvalho Leme e Teodoro Silva Santos. Dela, dois serão escolhidos ministros.

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