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O ‘fantasma’ que assombra o ministro das Comunicações do governo Lula

Juscelino Filho acreditava que a troca do comando do ministério da Justiça arrefeceria as investigações contra ele -- mas aconteceu o que ele mais temia

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2024, 21h09

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, sempre disse que a investigação que aponta ele como suspeito de desviar dinheiro dos cofres públicos tinha claros objetivos eleitoreiros. Motivo: a Polícia Federal estava subordinada ao então ministro da Justiça Flávio Dino, adversário político de Juscelino no Maranhão.

Em fevereiro, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. No lugar dele, tomou posse Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF. Juscelino imaginou que a mudança resultaria no arrefecimento das investigações. Não foi o que aconteceu.

Leia também: Indiciado, ministro se diz vítima de perseguição de desafetos no governo

Na quarta-feira, 12, a Polícia Federal indiciou o ministro pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica e organização criminosa. O relatório final do inquérito foi enviado ao STF, que dará sequência ao processo. Por uma daquelas ironias do destino, o caso terá como relator exatamente o agora magistrado Flávio Dino.

Inquérito nas mãos de Flávio Dino

Juscelino Filho e seus aliados no União Brasil chegaram a alimentar a expectativa de que Flávio Dino se declarasse impedido de analisar o inquérito, justificando que o caso envolvia um ex-colega de ministério, o que poderia comprometer a imparcialidade.

Dino, no entanto, já avisou que não pretende se declarar impedido. Caberá a ele, agora, analisar o inquérito, solicitar, se necessário, outras diligências à Polícia Federal e decidir se as provas coletadas realmente incriminam o ministro das Comunicações.

Juscelino é o primeiro integrante do alto escalão do governo Lula 3 a passar por essa situação. O caso que recolocou o auxiliar do presidente no noticiário político-policial envolve repasses de dinheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para o município de Vitorino Freire, no Maranhão, onde o ministro se criou e hoje tem a irmã dele, Luanna Rezende, como prefeita. Eles são apontados pela PF como artífices e beneficiários de um esquema supostamente ilegal que envolve dinheiro de emendas parlamentares, obras de interesse privado e uma construtora amiga.

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