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‘O Brasil não precisa de showman’, diz Alckmin

O governador, que já anunciou sua pré-candidatura à presidência, critica o que chama de “discurseira” e diz que o país precisa de uma agenda moderna

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 28 dez 2017, 09h25 - Publicado em 28 dez 2017, 09h24
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  • O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu nesta quarta-feira (27) em entrevista à Radio Jovem Pan, críticas de que não seria “carismático”, o que dificultaria sua candidatura à Presidência da República em 2018. “O Brasil não precisa de showman. Quem quiser showman vai no show do Tom Cavalcante, que é um gênio do humorismo. O Brasil precisa de governo, que seja eficiente, que reduza o tamanho do Estado, que faça inclusão, que tenha competitividade, reformas, uma agenda modernizante”, disse. 

    Alckmin atacou ainda o que chamou de “discurseira”. “Não sou da ribalta. Acho que essa coisa da discurseira, da ribalta, é coisa meio atrasada. Nós precisamos de resultado, de eficiência, de trabalho, falar a verdade para as pessoas. Não tem mágica, é ser transparente.”

    Alckmin já anunciou sua intenção de disputar novamente o Palácio do Planalto – ele foi candidato em 2006, quando foi derrotado no segundo turno pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Internamente, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), também postula a indicação como presidenciável do PSDB em 2018.

    Para o governador, a eventual realização de prévias no partido para definir os candidatos que concorrerão aos cargos majoritários deveria ocorrer antes de março do ano que vem. Esse é o prazo final da janela partidária, quando políticos podem mudar de legenda para concorrer. 

    Sobre o apoio ao vice-governador Marcio França (PSB) em uma eventual candidatura ao governo do estado, ao mesmo tempo em que o PSDB também deve lançar um candidato próprio, Alckmin avaliou que o ideal seria que a coligação entre os dois partidos se mantivesse, mas, caso não seja possível, disse que a aliança pode ser retomada em um eventual segundo turno.

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    “É legitimo, é natural. Qualidades não lhe faltam. Mário Covas dizia que ele (França) foi um dos melhores prefeitos de São Vicente. O ideal é que estejamos juntos e tem tempo para isso”, afirmou. “Ideal é que mantivéssemos coligação, (mas) se não tivermos, para isso temos segundo turno.”

    Para Alckmin, a questão de uma eventual saída de João Doria (PSDB) da Prefeitura é de “foro íntimo”. “De um lado é cedo você deixar a Prefeitura, no segundo mandato é mais natural do que no primeiro. Agora, de repente, a população pode entender que é uma alternativa para o governo do estado. Doria é muito trabalhador, inteligente, preparado. Acho que ele vai tomar essa decisão mais próximo do tempo que é a primeira semana de abril.”

    Lava Jato

    Ao falar sobre a influência da Lava Jato nas eleições do próximo ano, Alckmin afirmou que a operação mudou o Brasil e que o saldo é positivo, por causa do fortalecimento das instituições. Para ele, “ninguém vai segurar” a operação.

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    Alckmin foi citado na delação da Odebrecht e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito contra o governador no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O procedimento está sob segredo de Justiça. O governador nega qualquer irregularidades.

    O tucano também voltou a dizer que o governo é vítima no caso do cartel no setor metroviário em São Paulo. “Se tiver algum agente público envolvido ele será punido.”

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