Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Novo ministro ecoa pedido de Bolsonaro e promete ‘grande diálogo’ no MEC

Em posse no Planalto, Milton Ribeiro, que é pastor evangélico, defendeu a laicidade do estado e anunciou que irá valorizar o professor e a escola pública

Por André Siqueira Atualizado em 16 jul 2020, 17h33 - Publicado em 16 jul 2020, 17h23
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em seu primeiro discurso como ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro saiu em defesa do ensino público e prometeu “abrir um grande diálogo para ouvir acadêmicos e educadores” para a elaboração de políticas públicas do país, repetindo discurso do presidente Jair Bolsonaro, que, um dia antes de anunciá-lo, havia dito em live numa rede social que convidaria alguém que fosse conciliador e promovesse o diálogo.

    “Tem que ser uma pessoa que promova o diálogo, o que não é fácil, com todas as esferas da educação. Essa é a nossa vontade: ter lá uma pessoa que seja conciliadora””, disse o presidente, no dia 9 de julho. “Queremos abrir um grande diálogo para ouvir acadêmicos e educadores, setores que estão entristecidos com o que tem acontecido com a educação no nosso país”, disse Ribeiro na posse nesta quinta-feira, 16.

    ASSINE VEJA

    Vacina contra a Covid-19: falta pouco
    Vacina contra a Covid-19: falta pouco Leia nesta edição: os voluntários brasileiros na linha de frente da corrida pelo imunizante e o discurso negacionista de Bolsonaro após a contaminação ()
    Clique e Assine

    A sinalização aponta para uma mudança de postura no Ministério da Educação (MEC), que antes era comandada por Abraham Weintraub, que impôs um sectarismo ideológico de direita na pasta, inspirado nas ideias do escritor de Olavo de Carvalho, guru do bolsonrismo, e vivia em confronto com estudantes, professores e reitores das universidades federais.

    Ribeiro se tornou o quarto ministro a ocupar o MEC na gestão Bolsonaro – antes dele, a pasta foi comandada por Ricardo Vélez Rodríguez (outro que chegou ao cargo indicado por Olavo), Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas cinco dias no posto e pediu demissão após a revelação de que seu currículo tinha uma série de inconsistências.

    Continua após a publicidade

    “Quando recebi o honroso convite do presidente para assumir o MEC, entre outras coisas, ele me disse: ‘Olhe com carinho para a educação das crianças e ao ensino profissionalizante’. Hoje, assumo publicamente o compromisso de cumprir essa orientação do presidente”, disse. Ele também defendeu a valorização da escola pública e ressaltou que estou nesse tipo de instituição.

    Outra prioridade anunciada por Ribeiro é a de resgatar “o respeito pelo professor”. Antes de tomar posse, ele foi criticado por um vídeo, divulgado nas redes sociais, no qual afirma que, em alguns casos, é necessário educar crianças com “dor”. Em sua fala de aproximadamente cinco minutos, negou que defenda a violência contra crianças, mas afirmou que os professores são vítimas de agressões.

    “Devido à implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas, em meu entendimento, que desconstruíram a autoridade do professor em sala de aula, o que existem, hoje, são episódios de violência física de alunos contra professores. As mesmas vozes críticas de nossa sociedade [que se queixam contra a violência contra crianças] devem se posicionar contra tais episódios com a mesma intensidade. Muitas vezes, o que acontece é o que vemos na TV: professores sendo agredidos, desrespeitados. Precisamos resgatar o respeito pelo professor”, afirmou.

    Continua após a publicidade

    Também em seu discurso, Milton Ribeiro agradeceu nominalmente aos deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM), presidente da frente parlamentar evangélica, e Cezinha de Madureira (PSD-SP), outro influente membro da bancada. O novo ministro é pastor da Igreja Presbiteriana. No final do discurso o ministro, no entanto, enfatizou que o estado é laico, antes de fechar sua fala com um “que Deus me ajude”.

    O presidente Jair Bolsonaro, que cumpre isolamento por estar com coronavírus, participou por videoconferência. Como VEJA mostrou, a Câmara dos Deputados iniciará, na segunda-feira, 20, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A tramitação do texto vai representar o primeiro grande teste do novo ministro.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.