Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

No berço político de Dilma, PT patina e complica palanque

Por Laryssa Borges, na VEJA.com: A sete meses das eleições, a presidente Dilma Rousseff decidiu se dedicar pessoalmente à montagem de palanques regionais para sua candidatura à reeleição. A presença de Dilma à mesa é parte da estratégia da direção do PT para tentar destravar conflitos entre partidos que compõem sua base em Brasília, mas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h12 - Publicado em 23 mar 2014, 18h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
    A sete meses das eleições, a presidente Dilma Rousseff decidiu se dedicar pessoalmente à montagem de palanques regionais para sua candidatura à reeleição. A presença de Dilma à mesa é parte da estratégia da direção do PT para tentar destravar conflitos entre partidos que compõem sua base em Brasília, mas que poderão se enfrentar nas disputas locais. Nas últimas semanas, ao analisar o xadrez eleitoral, conselheiros da presidente chegaram a um diagnóstico nada favorável: Dilma poderá enfrentar dificuldades em seu berço político, o Rio Grande do Sul. Porém, ao contrário dos embates entre aliados pelo país, é o próprio PT quem causará dor de cabeça para Dilma.

    Isolado na Assembleia Legislativa gaúcha, onde apenas PTB, PCdoB e o nanico PPL ainda se mantêm fiéis à sua gestão, o governador Tarso Genro (PT) aparece em segundo lugar em pesquisas encomendadas por partidos. Em ambas, é superado pela senadora Ana Amélia Lemos (PP) – 41% a 27% em levantamento feito a pedido do PSB, e 39% a 29% em sondagem realizada pelo PP.

    Publicidade

    Tarso anda às turras com os professores da rede estadual, que não recebem o piso nacional do magistério. Em Brasília, a situação tampouco é das mais confortáveis desde que ele passou a liderar uma frente de governadores cobrando um novo indexador para a dívida dos Estados com a União. Mais: é alvo frequente de fogo amigo no PT, que ressalta as declarações de sua filha, a barulhenta ex-deputada Luciana Genro (PSOL), contra o governo Dilma.

    Publicidade

    Ex-ministro da Justiça e presidente do PT após o estouro do escândalo do mensalão, Tarso não tem a simpatia da ala do PT ligada aos próceres petistas condenados no julgamento feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O governador gaúcho já defendeu publicamente a refundação do partido depois do escândalo dos mensaleiros e, antes do veredicto do STF, afirmou que altas autoridades da República deveriam ser levadas para o banco dos réus. As declarações foram mal recebidas pela antiga cúpula petista e até hoje causam retaliações internas de aliados do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

    Continua após a publicidade

    Paralelamente ao enfraquecimento do governador, candidato à reeleição, PP e PMDB, ambos aliados de Dilma na esfera federal, articulam candidaturas próprias, o que deverá fazer do Estado um campo minado para a presidente na campanha. O PP apresentou o nome da senadora Ana Amélia Lemos, enquanto o PMDB formalizou a candidatura do ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori ao Palácio Piratini. Sartori é ligado ao senador Pedro Simon (PMDB). Também são candidatos ao governo gaúcho o deputado federal Vieira da Cunha (PDT), o empresário José Paulo Dornelles Cairoli (PSD) e o professor Roberto Robaina (PSOL).

    Publicidade

    Diante do cenário embaraçoso para Dilma, os adversários na corrida pelo Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), já negociam o apoio de Ana Amélia, cujo palanque poderá servir a ambos. O PSB de Campos poderá estar representado em sua chapa, indicando o vice-governador. O nome mais cotado é do deputado federal José Stédile (PSB), irmão de João Pedro Stédile, dirigente do Movimento dos Sem Terra (MST). Como o PP gaúcho é ligado a grandes produtores rurais, a aliança seria uma forma de dobrar a resistência de pequenos agricultores. O PSDB também seria contemplado: a eventual vitória de Ana Amélia abriria espaço para que o tucano Alberto Wenzel, ex-prefeito de Santa Cruz do Sul, suplente dela, herdasse uma cadeira no Senado Federal. “Na formação de alianças políticas não pode haver radicalismo. Precisamos de uma ação mais criativa e menos preconceituosa”, diz a senadora Ana Amélia.

    “A vitória do PP depende muito mais de nós não errarmos do que do risco de concorrência de Tarso Genro”, afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Por enquanto, a frase deve ser vista tão somente como uma provocação. Mas, se os rumos não se alterarem nos próximos meses, não é exagero afirmar que Dilma terá de cabalar votos para Tarso.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.