A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, declarou neste sábado (8), que os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irão sair dos arredores da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, onde Lula está preso. “Eles têm falado que nós não podemos ficar. Ofereceram um parque próximo para acamparmos. Mas nós não vamos. Não vamos sair daqui enquanto o Lula não sair”, disse a senadora, em uma declaração dada ao lado do acampamento dos apoiadores do ex-presidente.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), por volta das 16h já eram 700 militantes em ruas próximas à PF. Mais ônibus de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estariam a caminho de Curitiba, segundo a direção do PT. A PM bloqueou as ruas que contornam o prédio da superintendência, mas os manifestantes se aglomeram em ruas um pouco mais afastadas.
A prefeitura de Curitiba obteve um interdito proibitório proibindo a passagem de veículos e pessoas não autorizados e a montagem de estruturas e acampamentos próximos ao prédio da Polícia Federal. A decisão é do juiz substituto Ernani Mendes Silva Filho.
“Sei que os vizinhos estão incomodados, mas eu digo que nós não queríamos estar aqui e não precisaríamos estar aqui se houvesse Justiça isenta nesse país”, disse a senadora, que classificou o ex-presidente Lula como um “preso político”.
Gleisi também comentou sobre a retomada do julgamento sobre a prisão em segunda instância no Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima quarta-feira. Para ela, é a oportunidade da ministra Rosa Weber “cumprir com sua palavra e rever a decisão sobre a prisão em segunda instância”.