Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

‘Não sou candidato do governo’, diz Meirelles

Ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles (MDB) quer "tirar o rótulo" de candidato do governo e do mercado

Por Estadão Conteúdo 3 jun 2018, 16h49

Titular da Fazenda do presidente Michel Temer (MDB) até abril, o agora ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) quer “tirar o rótulo” de candidato do governo e do mercado à Presidência da República. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse que sua candidatura não “representa especificamente” o governo Temer e, sim, seu currículo pessoal e sua atuação na iniciativa privada e no setor público.

“Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a proposta do meu histórico”, afirmou Meirelles. “Não estou tentando tirar um rótulo. Estou tentando tirar qualquer rótulo que não seja a minha proposta, meu histórico.”

Recém-filiado ao MDB, Meirelles foi lançado oficialmente como presidenciável no mês passado pelo próprio Temer, que desistiu de tentar se reeleger. Na ocasião, o presidente cobrou união do partido em torno da candidatura, que enfrenta resistências internas, como o do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Em resposta ao fato de ter sido integrante do governo até pouco tempo, o ex-ministro repete o mote da sua campanha, o de que é candidato da renda, do crescimento, do emprego e da inflação sob controle. “Mas acredito que as reformas feitas por esse governo são fundamentais e, no Ministério da Fazenda, conseguimos neste governo retirar a economia da maior recessão da história e criar dois milhões de postos de trabalho. Isso é um dado inquestionável”, afirmou Meirelles, que desconversa sobre a participação de Temer na campanha.

“Isso é uma escolha dele. Minha campanha será aberta a todos, não existe restrição”, disse. O presidente já avisou que não pretende participar diretamente dos palanques eleitorais, mas vem cobrando um candidato alinhado com a defesa do que chama de legado do seu governo.

Continua após a publicidade

Para Meirelles, a recuperação mais lenta da economia do que o esperado não vai prejudicar a sua candidatura. Pelo contrário, diz ele, pode beneficiá-lo porque acontece justamente no momento em que se intensifica o debate eleitoral.

Greve

Ele também não vê impacto da crise dos combustíveis em sua candidatura, pois, segundo o ex-ministro, sua proposta é de “quem, quando entra no governo, resolve e tem oferecido resultados concretos para população”. No auge da crise provocada pela greve dos caminhoneiros, Meirelles participou de reunião no Palácio do Planalto para tratar do assunto.

O ex-ministro também tem acompanhado Temer em agendas do governo consideradas positivas, como entregas de casas, e chegou a sugerir a proposta de um fundo de estabilização para bancar o subsídio aos combustíveis em momentos de alta de preços. Em sua pré-campanha, Meirelles já percorreu 27 cidades desde que deixou o comando do Ministério da Fazenda.

Continua após a publicidade

Para defender as políticas implementadas na pasta, Meirelles argumenta que os possíveis resultados econômicos ruins de agora são reflexo das incertezas do cenário eleitoral e não frutos de sua gestão.

“A defesa das políticas implementadas pelo governo é óbvia. São políticas que participei e que estão tendo grande sucesso. Agora, no momento em que a incerteza eleitoral e candidatos que têm posição forte nas pesquisas começam a propor voltar atrás, há um reflexo na economia”, afirmou.

Convenção

Meirelles, por outro lado, conta com Temer para o que elegeu como prioridade no momento: buscar apoio interno dos diretórios estaduais para ser escolhido candidato na convenção, prevista para a última semana de julho. O ministro prepara para as próximas semanas nova bateria de viagens para dialogar e buscar “engajamento” dos emedebistas estaduais.

Continua após a publicidade

O ex-ministro deve ter adversários na disputa interna. Opositor de Temer, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) quer lançar o senador Roberto Requião (MDB-PR), enquanto o 1.º vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), articula lançar o ex-ministro Nelson Jobim. “Ele é a melhor alternativa para o momento. Tem conhecimento, tem boa relação com a esquerda e a direita, foi ministro do Supremo, ministro da Defesa”, disse Ramalho.

Meirelles também tem buscado se aproximar de parlamentares da sigla.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.