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‘Não há a menor hipótese de eu apoiar Haddad no 2º turno’, diz Doria

Eventual ausência de Alckmin na disputa decisiva deve provocar racha sobre posição do PSDB; ex-prefeito também disse que polícia vai 'atirar para matar'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h57 - Publicado em 2 out 2018, 13h16

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, afirmou que não há “a menor hipótese” de ele apoiar seu antecessor na prefeitura, Fernando Haddad (PT), em um eventual segundo turno da eleição presidencial. Em um vídeo com críticas ao PT, Doria disse ter lido sobre o assunto em uma “notícia nas redes sociais” – segundo a campanha, publicações feitas por perfis que seriam ligados ao candidato do PSB, Márcio França.

“Não há a menor hipótese. Chega de PT”, diz o ex-prefeito de São Paulo, que chamou as gestões petistas de “governo corrupto de uma quadrilha de ladrões”. O vídeo de Doria, publicado nas redes sociais do candidato, antecipa um provável racha no PSDB caso se confirmem as atuais pesquisas, com o candidato tucano, Geraldo Alckmin, ficando de fora de um segundo turno entre Haddad e Jair Bolsonaro (PSL). Na gravação, o ex-prefeito não faz nenhuma menção a um voto em Alckmin no primeiro turno.

Nomes do tucanato, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), já indicaram uma rejeição maior a Bolsonaro do que a Haddad e podem apoiar o petista no segundo turno. O postulante ao governo de São Paulo, beneficiado por um movimento conhecido como voto “bolsodoria”, afirmou que “é verde e amarelo, não é vermelho, não é PT”, em gesto que pode ser interpretado como um aceno aos eleitores do presidenciável do PSL, que lidera os levantamentos para a Presidência no estado.

‘Atirar para matar’

Nos últimos dois dias, esse é o segundo gesto de Doria em direção aos apoiadores de Bolsonaro. Nesta segunda-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes, o candidato do PSDB a governador também afirmou que, se for eleito, adotará uma política de mais uso da força por parte da Polícia Militar e da Polícia Civil na repressão à criminalidade, no que chamou de “aviso a bandidos, facínoras e dirigentes de facções criminosas”.

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“Não façam enfrentamento nem da Polícia Militar nem da Polícia Civil porque, a partir de janeiro, ou se rendem ou vão pro chão”, afirmou. “Se fizer o enfrentamento com a polícia e atirar, a polícia atira e a polícia atira para matar. Segurança pública é isso”, prosseguiu.

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