O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça o bloqueio do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e de mais dois supostos envolvidos em fraude na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Além do dirigente esportivo, a medida também seria tomada contra o empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, identificado em inquérito como “Rei Arthur”, pelo prestígio junto ao governo estadual fluminense, e a ex-sócia Eliane Pereira Cavalcante.
A ação recairia sobre contas bancárias e propriedades dos três investigados na operação, batizada de Unfair Play, desencadeada a partir das apurações feitas pelo braço no Rio de Janeiro da Operação Lava Jato. Foram bloqueados apartamentos em área nobre do Rio de Janeiro, carros de luxo e aeronaves. O montante ultrapassaria 1 bilhão de reais.
De acordo com os detalhes já divulgados da ação, “Rei Arthur” teria recebido a incumbência do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso, de pagar 2 milhões de dólares (cerca de 6,2 milhões de reais) ao senegalês Papa Diack, filho do ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), Lamine Diack.
Para o Ministério Público Federal, Nuzman estaria envolvido na negociação da propina paga ao filho do dirigente senegalês, que seria repassada na sequência. O presidente do COB, segundo a acusação, teria sido fundamental para sua viabilização.
(Com EFE)