PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Moraes vira assistente de acusação em caso de agressão em aeroporto

Ministro foi chamado de 'bandido, comunista e comprado' por uma família de brasileiros e pediu ao STF para auxiliar o Ministério Público no processo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2023, 10h07 - Publicado em 29 out 2023, 10h06

Desde a última semana, o ministro Alexandre de Moraes é formalmente assistente de acusação no processo que investiga em que dimensão ele próprio e o filho foram hostilizados e agredidos no aeroporto internacional de Roma, em julho. O magistrado reportou ter sido chamado de “bandido, comunista e comprado” no momento em que se dirigia a uma sala VIP do terminal italiano.

Na discussão, o filho do ministro, Alexandre Barci de Moraes, interveio e disse em depoimento ter recebido um “tapa” de um dos acusados, o empresário Roberto Mantovani. Na sequência, Mantovani e mais dois investigados, a esposa Andrea e o genro Alex Zanatta, tiveram celulares e computadores apreendidos e, interrogados, negaram a agressão física.

Na terça-feira, 27, o relator do caso, ministro do STF Dias Toffoli, autorizou que Alexandre de Moraes, a esposa e os três filhos se tornem assistentes de acusação já nesta fase do processo. Toffoli rejeitou as considerações da vice-procuradora-geral da República Ana Borges Coêlho Santos, que em parecer havia afirmado não ser possível que o magistrado se transforme em auxiliar do Ministério Público antes mesmo de o próprio MP decidir se fará ou não uma acusação formal contra os três suspeitos. A esta altura do processo não foi sequer oferecida denúncia contra a família de brasileiros.

Com a decisão do STF, a família do ministro pode, entre outras coisas, sugerir provas e perícias e questionar testemunhas. Conforme revelou a edição de VEJA desta semana, um dos pontos de discórdia no caso é o fato de peritos criminais federais terem sido escanteados do processo. Coube a um agente da corporação elaborar um relatório a partir das imagens das câmeras de segurança do aeroporto e concluir que Barci de Moraes foi alvo de um “aparente tapa”.

A Corregedoria da Polícia Federal decidiu abrir um procedimento disciplinar contra o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Willy Hauffe Neto, e exigir explicações depois que ele declarou, em uma nota pública, que o laudo da PF não deveria ser tratado como prova pericial por supostamente não se submeter, como ocorre com peritos, a regras de imparcialidade. A PF entendeu a manifestação como uma declaração de que a corporação trabalharia com parcialidade, e a Corregedoria foi acionada.

Em nota, a Polícia Federal informou que “as imagens recebidas via cooperação internacional foram devidamente analisadas por equipe de profissionais habilitada para essa atividade, em conjunto com as demais provas colhidas e não há suspeitas quanto a falta de integridade, adulteração ou edição, razão pela qual a perícia é desnecessária”. Segundo a corporação, “a direção-geral da Polícia Federal reitera sua absoluta confiança em seus profissionais e equipes de investigação e recebeu com surpresa e indignação os questionamentos acerca da integridade do trabalho realizado”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.