O ministro do STF Alexandre de Moraes deve encaminhar nesta segunda-feira à Procuradoria-Geral da República o relatório final da Polícia Federal que indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. Caberá à PGR decidir se oferece ou não denúncia contra os indiciados ao Supremo.
Além de Bolsonaro, o indiciamento da PF atingiu outras figuras do governo anterior, como os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o ex-assessor Filipe Martins, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entre outros. Eles foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Mesmo que oferte denúncia, a PGR não precisa concordar com os tipos penais apontados pela PF. Bolsonaro e os demais investigados apenas se tornam oficialmente réus se o juízo competente para analisar a causa — que, no caso, é o STF – aceitar a denúncia.
Durante o fim de semana, o ex-presidente classificou o inquérito como “historinha”. O político e seus filhos também tentaram desqualificar Moraes como o juiz do caso em postagens nas redes sociais.