O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tem comemorado todos os dias o número de trabalhadores resgatados em condições semelhantes à escravidão. “Já libertamos 1.127 pessoas que estavam em trabalho escravo este ano”, disse a VEJA.
Marinho afirmou que o resgate de trabalhadores em condições análogas à de escravo é um dos compromissos do governo que está sendo cumprido. “O Brasil volta à normalidade, de resgatar políticas públicas, de reorganizar o estado brasileiro, que volta a funcionar”, diz o ministro.
No balanço que fez sobre os primeiros 100 dias do governo, o titular do trabalho não poupou críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Em vez de realização de ‘motociatas’, hoje você tem um presidente visitando as pessoas, visitando as vítimas de enchentes, combatendo absurdos como a escravização de trabalhadores”.
Pelos números levantados pelo Ministério do Trabalho, o resgate de pessoas em condições análogas à escravidão deverá bater o recorde. Até 20 de março, a alta já tinha ultrapassado 120% em relação ao mesmo período de 2022.
É considerado trabalho realizado em condições análogas à escravidão qualquer emprego que resulte em submissão a tarefas forçadas, jornadas exaustivas, restrições de locomoção em razão de dívidas contraídas com os patrões ou quaisquer tipos de cerceamentos ao direito de ir e vir.