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Michelle Bolsonaro ironiza revelações de Mauro Cid

Acusada de incentivar Bolsonaro a não aceitar o resultado das urnas, ela não aguenta e exibe os golpes que aprendeu nas aulas de luta

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 nov 2023, 21h58

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) chegou em um encontro de mulheres do partido, neste sábado (11) com um nó na garganta. Mas ao subir no palco se conteve e seguiu a pauta, ao menos por um tempo. Criticou o feminismo, lembrou que é uma mulher comum, cheia de medos, mas que pede sempre para ser instrumento do Senhor. Estava empolgada no discurso político-evangélico entre as forças do bem e do mal, quando lá pelas tantas, não aguentou e colocou tudo para fora, aliviando o coração amargurado, pelas revelações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que vazaram na mídia no dia anterior. “Se não fizéssemos a diferença, ninguém estava falando nada de nós”, disse a plateia.

Michelle de referia as declarações de Cid de que ela era uma das conselheiras radicais a favor de Jair Bolsonaro (PL) não aceitar os  resultados das eleições de 2022. A ex-primeira-dama teria incitado o golpe, que culminou na invasão e destruição do Palácio Planalto, em janeiro. Para se defender, ela partiu para a ironia, ali no meio da mulherada do PL. “Ontem mesmo, antes de vir aqui, recebi uma mensagem que meu enteado Duda (Eduardo Bolsonaro) e eu estávamos incitando o golpe. Eu incitando o golpe? Golpe? Com que arma? Com minha Bíblia poderosa? Ai sim. ”, disse. “Eu sei dar golpe e quero ensinar vocês agora.” Daí, fez um teatrinho, mostrando golpes das aulas de luta. “Para vocês aprenderem, imprensa, o golpes que dou toda terça-feira e quinta-feira: jab, direto, cruzado, up, esquiva e up.” Michelle foi ovacionada com a performance.  Segundo CID, os dois – Duda e Michelle – achavam que uma eventual insurreição contra o sistema eleitoral teria o apoio da população e dos atiradores esportivos.

Michelle aproveitou para criticar a imprensa no que se refere as notícias vinculadas à família Bolsonaro. Chamou os jornalistas de “filhos do Satanás”, segundo ela, responsáveis pela filha ter desenvolvido a síndrome do pânico. Também sobrou para a esquerda, acusada de cancelar todas as pessoas que não concordam com os pontos de vistas deles, inclusive no Congresso.


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