O ministro Gilmar Mendes, relator do processo que selou hoje o destino do ministro da Justiça, Wellington Lima e Silva, procurou interlocutores do governo e pediu que o Palácio do Planalto encontrasse uma alternativa para retirar o indicado do cargo antes de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento de Mendes é o de que havia vasta jurisprudência contra a possibilidade de um membro do Ministério Público ocupar outro cargo, que não o de professor. Lima e Silva é procurador de Justiça do Ministério Público da Bahia. Pelo visto, o governo não deu ouvidos ao magistrado. Hoje, o STF considerou, por dez votos a um, que o acúmulo dessas funções no MP é ilegal. “Sei quanto isso custa em termos de desgaste. Era dispensável. Poderiam ter se poupado”, resumiu Gilmar. (Laryssa Borges, de Brasília)