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Marina Silva: ‘É preciso recrutar novos quadros para a política’

Pré-candidata à Presidência pela Rede pondera, no entanto, também ser necessário olhar para estrutura institucional, para que mudança não seja só de nomes

Por Da Redação 7 fev 2018, 09h43

Ao cobrar uma renovação no cenário político do país, a pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse que é preciso recrutar novos quadros. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela reconhece, entretanto, que isso pode não ser o bastante: “Nós temos que olhar para a estrutura institucional que está sendo pensada, para que a renovação não seja apenas nominal”, disse.

A presidenciável comentava a situação de Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. “Tenho muito respeito pelo ministro, pela contribuição que deu para a sociedade, e respeito o processo que ele está vivendo, em busca de alternativa para viabilizar sua candidatura. Sou da natureza de que ‘quanto mais estrelas no céu, mais claro o caminho’.”

Ao lado do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), Marina é a maior herdeira do eleitorado petista, em um cenário de ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Questionada como pretende arregimentar esses votos, ela afirma que “o voto não pertence nem aos partidos, nem às figuras políticas”. A disputa, segundo diz, segue aberta até outubro.

A pré-candidata defendeu que a “lei deve ser para todos”, mesmo se significar a prisão de Lula, condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). “Não temos que ter uma lei para o Lula, para o Aécio, para o Jader Barbalho ou para o Renan Calheiros”, afirmou, ao cobrar o fim do foro privilegiado.

“Se reduzirmos a eleição a pessoas, ainda que sejam muito importantes, a gente vai diminuir a importância do debate para os problemas que estamos vivendo. Lula está fazendo aquilo que a lei lhe assegura, que é buscar todos os mecanismos de revisão para as decisões que foram tomadas pela Justiça. Meu entendimento, com base nos autos, é que foi uma decisão técnica.”

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Marina vê a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), seu adversário na busca dos votos dos evangélicos, em um contexto de decepção da sociedade. “Nesses momentos, sempre surgem aqueles que querem evocar o lado cinza da força. Vou entrar nessa campanha oferecendo, literalmente, a outra face. Para a face do ódio, a face do amor. (…) Nunca fiz do púlpito um palanque e do palanque um púlpito”, disse ao jornal.

Ao falar da Lava Jato, Marina vê a operação sob ameaça das lideranças dos grandes partidos para enfraquecê-la e diz que, por causa dela, não teria apoiado Aécio Neves (PSDB) no segundo turno — como fez em 2014. “Se tivéssemos as informações que foram trazidas pela Lava Jato, com certeza a maioria (da população) não teria votado, declarado apoio, nem na Dilma, nem no Aécio. Porque ambos eram praticantes dos mesmos males e mazelas da corrupção e do caixa 2.

Defesas

Políticos citados na entrevista de Marina Silva rebateram as declaração da ex-ministra. A assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse: “A lei é para todos, por isso mesmo que não se sustenta uma condenação que não apresenta provas nem atos criminosos, sobre um apartamento que não é do ex-presidente Lula. Justamente pela lei ser a mesma para todos que Lula tem direito de disputar as eleições em 2018”.

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Em nota, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse defender o fim do foro privilegiado para todas as categorias. “Marina está enganada. Ela não deveria fazer acusação a esmo, sem conhecer caso a caso. É irresponsável.” Aécio Neves e Jader Barbalho não se manifestaram. O Palácio do Planalto não quis comentar a declaração de Marina.

(com Estadão Conteúdo)

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