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Marido de Greenwald, David Miranda denuncia ameaças de morte à PF

Deputado federal afirmou que ele e sua família estão sendo ameaçados após supostos diálogos de Moro terem sido divulgados pelo site The Intercept Brasil

Por Giovanna Romano Atualizado em 17 jun 2019, 18h43 - Publicado em 17 jun 2019, 17h03
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  • O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) afirmou que encaminhou à Polícia Federal (PF), na terça-feira 11, e-mails que teria recebido com ameaças de morte contra ele e sua família. “Preocupo-me com a minha segurança e da minha família e, para nos resguardar, fiz os devidos encaminhamentos às autoridades competentes”, declarou em nota oficial enviada à imprensa nesta segunda-feira, 17.

    Miranda é casado há quase 15 anos com o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, com quem tem dois filhos. De acordo com o deputado, o número de ações de “grupos de ódios e homofóbicos” cresceu após o vazamento das supostas conversas do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com procuradores da Operação Lava Jato via Telegram.

    O deputado disse ainda que havia aberto uma queixa-crime na PF no dia 13 de março deste ano, por ter recebido ameaças pelas redes sociais ao assumir a vaga de Jean Wyllys (PSOL-RJ) que renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados. Para Miranda, o companheiro de partido “renunciou por receber repetidos ataques cibernéticos com a mesma gravidade”.

    “O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa”, ressaltou Miranda na nota. O PSOL também emitiu um comunicado oficial no qual exige a apuração das ameaças contra o deputado após as supostas conversas reveladas pelo The Intercept.

    “Estamos diante de ameaças de morte e tentativas de extorsão endereçadas a David Miranda. As ameaças, eivadas de homofobia e racismo, exigem 10.000 dólares e ameaçam de morte a mãe de David. Além disso, os autores das ameaças reivindicam participação no assassinato de nossa companheira Marielle Franco. Ameaças como essas têm levado várias pessoas a deixarem o país, como Jean Wyllys”, informou a nota.

    O partido ainda exigiu da PF uma rigorosa “investigação e a identificação dos autores das ameaças” e declarou apoio aos familiares do deputado “na luta pela verdade e pela justiça”. Procurada, a PF não se manifestou até a publicação desta nota.

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