O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que está preparado para prestar depoimento se for convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a relação de políticos com o bicheiro Carlos Cachoeira. O nome do governador foi citado em gravações da Polícia Federal (PF) e sua chefe de gabinete foi exonerada no início do mês depois da revelação de que recebeu informações de Cachoeira sobre operações policiais sigilosas.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a campanha de Perillo foi irrigada pelo circuito financeiro de empresas de fachada que serviam para redirecionar para políticos e laranjas recursos da Delta, empresa ligada a Cachoeira.
“Já fui três vezes membro de parlamento, estou pronto a esclarecer qualquer dúvida em relação a qualquer assunto”, disse o governador após cerimônia do PAC Mobilidade Grandes Cidades, em Brasília.
Apesar de dizer que Cachoeira nunca “ousou” fazer qualquer solicitação ao governo de Goiás, Perillo não descartou a possibilidade do surgimento de denúncias. “Se amanhã eventualmente o governo de Goiás estiver envolvido em qualquer desses eventos investigados na operação Monte Claro, aí sim, sobrará desgaste”, disse.
Planalto – Governistas disseram nesta terça-feira que o Planalto está “tranquilo” com o andamento da CPI. Na gestão petista, o faturamento da companhia com o governo federal saltou 1.653%, como mostra a edição de VEJA desta semana. A empresa se tornou a principal construtora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Os contratos com a Delta estão todos colocados de forma transparente nos portais do Governo Federal, por isso, da parte do governo, nós estamos tranquilos”, disse a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), evitou comentar os contratos do governo com a Delta. “Estamos bastante seguros no tipo de governo que a presidente Dilma tem feito”, disse.
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