O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), disse nesta terça-feira que uma eventual filiação do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa ao PSB seria “uma honra”, mas não significa que ele seria automaticamente escolhido como candidato do partido à Presidência na eleição deste ano.
“Joaquim Barbosa ser filiado ao meu partido é uma honra para mim e para o meu partido, mas ele não vai poder entrar dizendo ‘eu vou só se for ser candidato a presidente'”, disse França em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Uma ala do PSB prepara ofensiva para viabilizar a candidatura de Barbosa ao Planalto. O apoio ao ex-ministro do STF, no entanto, não é unânime dentro do partido. O diretório do PSB de Minas divulgou nota na qual afirmou não integrar nenhum movimento interno nesse sentido- segundo seu presidente, João Marcos Grossi, a nota publicada na semana passada, na qual saúda uma eventual filiação de Barbosa, “foi um gesto de cortesia” e não faz menção a uma eventual candidatura.
No comunicado divulgado nesta terça, o diretório é claro ao afirmar que “não faz parte de qualquer movimento interno para apoiar eventual candidatura do ex-ministro Joaquim Barbosa às eleições presidenciais”.
No partido, França, que deve assumir o governo em abril, quando Geraldo Alckmin (PSDB) deixar o cargo para se candidatar à Presidência, é um dos principais defensores do apoio do PSB ao tucano na disputa pelo Palácio do Planalto. Nesta terça-feira, Alckmin afirmou que a questão nacional e o cenário em São Paulo são independentes. “Não depende uma coisa da outra”, afirmou em evento na Secretaria da Fazenda.