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Manifestantes do QG do Exército participaram de vandalismo, diz GDF

Secretário de Segurança do DF afirmou que quem for identificado será responsabilizado pelos protestos violentos

Por Marcela Mattos, Laryssa Borges, Leonardo Caldas e Hugo Marques
Atualizado em 13 dez 2022, 00h45 - Publicado em 13 dez 2022, 00h26

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo Souza, afirmou que parte dos vândalos que tacaram fogo em carros e contêineres e depredaram pontos de Brasília saiu do Quartel-General do Exército, onde um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se concentra desde 30 de outubro, o segundo turno das eleições.

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na noite desta segunda-feira, 12, horas após um grupo de manifestantes invadir as ruas da capital federal contra a posse do presidente eleito Lula.

“Parte desses manifestantes – a gente não pode garantir que todos estejam lá, porque alguns podem residir na cidade -, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for identificado será responsabilizado”, disse o secretário de segurança do DF.

Júlio Danilo reforçou que o grupo se encontra em uma área militar e, por isso, as prerrogativas do governo do Distrito Federal ficam limitadas – como as relativas ao trânsito da região e ao controle de ambulantes. Ele disse ainda que toda ação relativa aos manifestantes tem de ser organizada pelo Comando do Exército.

Apesar das cenas de barbárie, o governo local e a equipe de segurança que integrará o governo Lula em 2023 minimizou os atos e disse que eles foram realizados por uma minoria e por “um grupo pequeno incendiando carros e colocando fogo”.

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“Estamos desejando fazer uma modulação correta dos fatos. De um lado, não pode ter uma atitude de que não haverá uma resposta. Por outro lado, não pode haver uma modulação errada no sentido de imaginar que todas as pessoas que estavam em tal local agiram de modo violento. É preciso lembrar que, em verdade, foi um pequeno grupo e obviamente haverá a investigação cabível por parte do GDF e posteriormente por parte das autoridades federais em relação a esta hipótese”, disse o senador eleito e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.

Os atos de vandalismo começaram após um protesto contra a prisão de um cacique apoiador de Bolsonaro e investigado por participação em atos antidemocráticos. A PF cumpriu nesta noite mandado de prisão temporária de dez dias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Dino, ainda nesta terça-feira, 13, devem ser expedidas “dezenas” de novas representações contra esses grupos. As ações estão sendo investigadas pela Secretaria de Segurança do DF e pela Polícia Federal.

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Também durante a coletiva, houve um esforço por parte das autoridades local e federal de mostrar que o presidente Lula, ao longo de todo o protesto, esteve tranquilo e em segurança e que em nenhum momento houve ameaça ao petista.

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