Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Lula chega ao Egito para a COP27 e pretende retomar compromisso ambiental

Na conferência, presidente eleito deve reforçar posição por desmatamento zero; taxa bateu recorde para o mês de outubro em série histórica iniciada em 2015

Por Da Redação 14 nov 2022, 22h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chegou na noite desta segunda-feira, 14, a Sharm el-Sheikh, no Egito, para participar da conferência do clima das Nações Unidas, a COP 27. O petista foi convidado a participar do encontro pelo presidente do Egito, Abdul Khalil El-Sisi.

    Lula terá uma intensa agenda no local a partir de quarta-feira. Ele participa a partir das 6 da manhã, horário de Brasília, do painel Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática com os governadores Waldez Góes (PDT-AP) Gladson Cameli (PP-AC), Mauro Mendes (União-MT), Helder Barbalho (MDB-PA), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), e Marcos Rocha (União-RO).

    Depois, a partir das 12h15, Lula fará um pronunciamento na área das Nações Unidas. O petista chega ao Egito cercado de expectativas em um momento especialmente grave: a área sob alertas de desmatamento na Amazônia atingiu, em outubro, 904 km quadrados, um recorde para o mês na série histórica iniciada em 2015. Os dados foram divulgados nesta segunda em relatório do sistema Deter-B, do Inpe.

    Na quinta, o presidente eleito deve se encontrar com representantes da sociedade civil brasileira no pavilhão Brazil Hub, e, às 10 horas, com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.

    Na sexta-feira (18), Lula segue para Portugal, onde se encontra com autoridades portuguesas. Ele retorna para o Brasil no fim de semana.

    Continua após a publicidade

    Também há a possibilidade de Lula comunicar que pretende levar a COP para o Brasil em 2025. A presidência da conferência do clima tem rotatividade regional e voltará a ser de um país latinoamericano em 2025. O evento teria acontecido no Brasil em 2019, mas foi cancelada por Jair Bolsonaro ainda em 2018, logo após sua eleição.

    O meio ambiente será uma das prioridades do novo governo. Durante o anúncio de novos nomes para o Gabinete da Transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, destacou que o tema é de uma “gravidade impressionante”: “Esta é uma grande preocupação. A emissão do carbono, no caso do Brasil, se você somar o escapamento da moto, do carro, do avião, da lancha, do trem, do boi, o lixão, o esgoto, a chaminé da fábrica, isso dá um pouquinho mais de 50%. Só o desmatamento é quase 50%”, lembrou Alckmin.

    Ele fez referência às florestas do Brasil, Indonésia e Congo que são fundamentais para o combate às mudanças climáticas, por possuírem vastas áreas de florestas tropicais. O governo brasileiro anunciou uma aliança com esses países para “valorização da biodiversidade e remuneração justa de serviços ambientais”.

    Continua após a publicidade

    Aloizio Mercadante, que está na coordenação dos Grupos Técnicos do Gabinete de Transição e foi ministro nos governos do PT, de áreas como Educação, Casa Civil e Ciência e Tecnologia, também falou sobre negociações para a liberação de recursos do Fundo Amazônia.

    “O Fundo Amazônia tem cerca de R$ 3 bilhões hoje, que estão impedidos de serem liberados por causa da falta de compromisso do governo brasileiro no combate ao desmatamento. Nós já tivemos conversas com o governo da Alemanha e da Noruega que devem autorizar, no dia seguinte da posse, a liberação dos recursos”, projetou.

    Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.

    Continua após a publicidade

    No último dia 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo federal reative o Fundo Amazônia. Pela decisão da Corte, a União tem prazo de 60 dias para cumprir a medida.

    Com Agência Brasil

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.