Tão grande quanto o número de desvios identificados no esquema que drenou recursos da Petrobras é a quantidade de poderosos que a operação Lava Jato colocou atrás das grades em pelo menos sessenta fases e mais de duas centenas de condenações criminais. Até agora, quem ficou mais tempo atrás das grades foi o ex-senador Luiz Argôlo (PTB-DF), posto em liberdade condicional no último dia 17 de abril após mais de quatro anos preso.
Entre os políticos do primeiro escalão, o seleto grupo de quem chefiou algum poder ou comandou algum ministério, quem está há mais tempo preso é o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), detido desde outubro de 2016, no Complexo Médico Penal de São José dos Pinhais (PR). Ele é seguido pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), preso quase um mês depois e que já coleciona quase dois séculos de pena de prisão em condenações da Justiça.
O ex-ministro e ex-petista Antonio Palocci amargou 794 dias no cárcere até ser libertado em novembro de 2018 como parte de seu acordo de delação premiada com os procuradores do Ministério Público Federal. Nome mais importante detido pela operação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve nesta semana um habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal para deixar a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril de 2017.